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02/10/2019 às 15h27min - Atualizada em 02/10/2019 às 15h27min

Empresários investigados por mandar matar advogado em Cachoeiro são absolvidos

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A Justiça absolveu nesta terça-feira (1º), após dois dias de julgamento, os empresários César Junior Almeida dos Santos e Anderson Cleyton Fardim, apontados como mandantes do assassinato do advogado Fernando da Costa Ghio, ocorrido no dia 14 de julho de 2017, em Cachoeiro de Itapemirim.

O crime gerou grande comoção e repercussão na cidade, por isso o julgamento aconteceu na Comarca de Vila Velha, com início na última segunda-feira (30), e encerramento na madrugada desta terça (1º).

O júri popular reconheceu a autoria e o dolo, no entanto, votou pela absolvição dos empresários. O executor, Creisson Ribeiro da Silva, foi condenado a 20 anos de prisão, e Leonardo Prett Porto, que também participou do crime, foi condenado a dois anos e meio. Eles estavam presos desde agosto de 2017. A família se revoltou contra a decisão e disse que vai recorrer.

Relembre o caso

O corpo do advogado Fernando da Costa Ghio foi encontrado dentro do seu veículo às margens Rodovia do Contorno, em Cachoeiro, no dia 14 de julho de 2017.

O caso inicialmente tratado como acidente, logo foi apontado como homicídio, já que a vítima havia sido baleada na cabeça, conforme perícia da Polícia Civil.

O crime

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que um contador, que não teve o nome revelado, solicitou ao advogado que contratasse uma pessoa para matar os empresários devido a uma dívida. Fernando Ghio então teria acionado Leonardo Prett Porto para realizar o serviço pelo valor de R$ 30 mil. A metade do valor ficaria com o advogado.

No entanto, Porto, que já conhecia os empresários, teria avisado sobre a intenção do contador. Os irmãos empresários teriam então pedido ao pistoleiro para dar um susto no advogado. Leonardo teria acionado seu comparsa Creison Resende para ajudar no serviço.

Segundo o delegado da época, Guilherme Eugênio, um encontro foi marcado com o advogado no dia 14 de julho, para que os criminosos prestassem conta do serviço contratado. Porém, Fernando teria desconfiado quando viu o comparsa de Leonardo junto, que não participou da negociação.

Uma discussão teria sido iniciada e Creison atirou contra o advogado. Os criminosos fugiram com a ajuda dos empresários que seguiam o carro em uma caminhonete. Um pedreiro também estava no carro de Fernando, mas não tinha participação no caso.

Prisões

Um dos empresários foi preso na sua loja, um mês depois, e o outro foi chamado à delegacia para esclarecimento e ficou detido em cumprimento de mandado.

Leonardo foi detido durante um enterro. Já Creison, que estava em liberdade provisória e morava no Rio de Janeiro, foi detido ao se apresentar no Fórum de Cachoeiro durante visita obrigatória.

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