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08/05/2023 às 17h38min - Atualizada em 08/05/2023 às 17h38min

Conselhos de uma Mãe

“Palavras do rei Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe” (Pv 31.1).

Hernandes Dias Lopes

Hernandes Dias Lopes

Hernandes Dias Lopes, natural de Nova Venécia-ES. Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas-SP, doutor em ministério.

Hernandes Dias Lopes

As mães são mestras do bem. As palavras da sabedoria e a instrução da bondade estão em seus lábios. Abraão Lincoln, o estadista americano, afirmou: “as mãos que embalam o berço governam o mundo”. As mães forjam o caráter daqueles que vão ascender ao poder e governar. O rei Lemuel, não apenas recebe instruções de sua mãe (Pv 31.1-9), mas, do topo do mundo, proclama esses conselhos para que todos aprendam. Quais foram esses conselhos?

Em primeiro lugar, cuidado com relacionamentos ilícitos (Pv 31.3). O poder, a riqueza e o prestígio de um rei atraem muitos relacionamentos ambiciosos e muitos reis perdem sua honra e abalam o seu reino por se entregarem à essas aventuras. Exemplo disso foi o rei Salomão. Ele se envolveu com muitas mulheres. Corrompeu o seu coração. Levantou altares pagãos para agradar essas mulheres e afastou-se do caminho da sabedoria. O jovem rei Lemuel não deveria dar às mulheres a sua força nem os seus caminhos a essas aventureiras sedutoras.

Em segundo lugar, cuidado com a embriaguez, pois um rei bêbado é uma tragédia (Pv 31.4,5). Os reis precisam estar sóbrios a todo tempo, pois constantemente estão tomando decisões importantes e a ausência de sobriedade provocada pela embriaguez tira desses governantes o discernimento necessário para agirem com sabedoria e misericórdia. Um governante alcoolizado, esquece-se da lei e perverte o direito dos aflitos. Em vez de defender o inocente, privilegia o culpado. Em vez de governar com probidade, promove a corrupção. Governança e embriaguez não andam de mãos dadas. O trono regado de vinho torna-se uma ameaça para o povo e um pesadelo para a nação.

Em terceiro lugar, alivie a dor do aflito (Pv 31.6,7). O texto não incentiva a distribuição de bebida forte aos que perecem e aos amargurados de espírito. A bebida forte e o vinho eram usados como anestésicos aos infelizes que eram condenados ou aos pacientes com dores atrozes. Nesse caso, o vinho e a bebida forte eram usados como remédio, para aplacar a dor e para atenuar o sofrimento das pessoas amarguradas. Não há, portanto, aqui, nenhuma contradição com os versos precedentes, onde o vinho é impróprio para reis que devem ter a mente lúcida para governar. Os amargurados de espírito devem ter alívio de seu sofrimento e esquecimento de seus dramas pessoais. Longe deste texto estar incentivando a embriaguez, está encorajando a prática da misericórdia àqueles que estão padecendo sofrimento atroz.

Em quarto lugar, seja a voz do mudo e o defensor dos desamparados (Pv 31.8). O governante precisa ser ativo na defesa dos desamparados. Precisa ser a voz do mudo, os olhos do cego e as pernas do aleijado. O rei precisa ser o advogado do pobre, o defensor dos órfãos e o protetor dos desassistidos. Estes precisam encontrar no governante um porto seguro, um lugar de abrigo e refúgio. Aqueles que governam devem fazer isso, não como uma política populista, para dar esmolas ao povo e se perpetuarem no poder. O rei não é dono do povo, mas servidor dele. O rei é ministro de Deus, para servir ao povo em vez de servir-se do povo.

Em quinto lugar, defenda a causa do pobre (Pv 31.9). Os reis não podem ser covardes na hora de tomar decisões em favor dos pobres e necessitados. Cabe-lhes a defesa da verdade e a prática da justiça. A omissão é um crime covarde quando os pobres e necessitados estão sendo oprimidos nos tribunais. O silêncio dos governantes pode custar a vida de inocentes e estrangular a esperança deles. O rei precisa abrir a boca e não se calar nessas horas. Precisa julgar retamente, sem favorecer apaniguados e sem torcer a lei em favor dos poderosos. O trono do rei precisa ser um reduto de justiça e não de conchavos. O rei que rouba ou deixar roubar em seu governo destrói sua reputação e cava uma sepultura para seu governo. Por isso, os reis precisam ser puros, sóbrios, misericordiosos e íntegros. Eis os conselhos de uma mãe!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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