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26/08/2024 às 08h49min - Atualizada em 26/08/2024 às 09h00min

Kennedense Day McCarthy é condenada a 8 anos de prisão por racismo

Da Redação - Kennedyemdia.com.br
Com informações Agência Brasil
A socialite possui inúmeras polêmicas com seu nome envolvido - Reprodução
A polêmica socialite Dayane Alcântara Couto de Andrade, mais conhecida no mundo virtual como Day McCarthy, foi condenada a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de injúria racial e racismo. A decisão foi proferida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro na última quarta-feira (21), marcando um momento histórico na luta contra o racismo no Brasil.

Day McCarthy, natural de Presidente Kennedy, e atualmente residente nos Estados Unidos, tornou-se conhecida nas redes sociais por suas atitudes preconceituosas e discursos de ódio. O caso que culminou em sua condenação envolve um episódio ocorrido em 2017, quando a socialite fez comentários racistas direcionados a Titi, filha adotiva do ator Bruno Gagliasso e da atriz Giovanna Ewbank. Na ocasião, Dayane chamou a menina de "macaca horrível" e criticou seu cabelo e nariz, comparando-os a uma "vassoura" e a um "macaco", respectivamente.


Após os ataques, Bruno Gagliasso registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro, e o caso foi levado ao Ministério Público, que denunciou a socialite à Justiça. O juiz Ian Legay, da 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro, ao proferir a sentença, destacou que as ofensas de Day McCarthy foram motivadas por preconceito racial e dirigidas a uma criança de apenas 4 anos.

“Expressões execráveis alinhadas a valores forjados em compasso com a prática cotidiana da escravidão e do tráfico transatlântico de indivíduos escravizados, cuja utilização contemporânea, além de configurar crime, pressupõe grave dissonância cognitiva frente aos fatos históricos que atestam a essencialidade dos indivíduos pretos para a formação do Brasil e sua riqueza econômica, cultural e social”, afirmou o magistrado na sentença.

O juiz também ressaltou que o discurso da socialite não pode ser relativizado, pois violou gravemente a dignidade humana. Segundo ele, o caráter ofensivo e doloso das declarações de Dayane transforma o que poderia ser visto como uma opinião infeliz em uma ação de conteúdo criminoso.

Em resposta à condenação, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank emitiram uma nota comemorando a decisão e expressando confiança no Judiciário para punir o racismo no Brasil. "Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa à prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico", afirmou o casal.

A condenação, no entanto, ainda não é definitiva e cabe recurso.


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