Gabriela Chaves - Economista e CEO da NoFront - Empoderamento Financeiro - Créditos à divulgação É quase certo que todo mundo já teve um cofrinho na infância ou jogou banco imobiliário (monopoly). Ainda que de modo lúdico, eles nos mostram a importância de ter um olhar estratégico para a nossa vida financeira. Na vida real, entretanto, apesar de vivenciar e valorizar nossas finanças, podemos ter dificuldades, sobretudo se não entendermos como funciona o mercado financeiro.
Você já leu algumas siglas que economistas costumam utilizar e se perguntou: mas o que elas significam? Pois bem! É comum não entender o significado dos termos utilizados pelos especialistas, mas para explicar essas expressões e te ajudar na hora de planejar estrategicamente o uso do seu dinheiro, a economista e CEO da NoFront - Empoderamento Financeiro Gabriela Chaves, explica alguns termos para nos darmos bem com as finanças.
1- IPCA
No caça-palavras de economia, IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), nada mais é que o medidor oficial da inflação. É utilizado para mensurar a variação de preços de determinados produtos que compõem a cesta de consumo dos brasileiros.
Esta lista de produtos é definida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que é responsável por verificar o que a população consome e qual o valor gasto com cada item. O tradicional arroz e feijão, do dia-a-dia dos brasileiros, fazem parte deste índice.
2- Inflação
Não precisa ser especialista para entender que os preços dos produtos no supermercado só aumentam. Se há dez anos atrás, entrávamos nos estabelecimentos com R$100 e saíamos com uma quantidade aceitável de itens, hoje, cada vez mais, este volume diminui como resultado da inflação.
Esta inflação, nada mais é, do que um processo que desvaloriza o seu dinheiro. Em outras palavras: os preços dos produtos aumentam e compramos menos. É um movimento presente em todas as economias, mas quando acelerado interfere diretamente na vida das pessoas que têm menos condições. Trata-se de um ciclo que precisa de política monetária do Governo Federal, para ser interrompido.
3 - PIX
O novo queridinho dos brasileiros é o PIX. Este sistema de pagamento instantâneo-eletrônico tem a finalidade de realizar transferência em qualquer dia e horário da semana, inclusive aos finais de semana e feriados, através de aplicativos bancários.
A solução foi criada pelo Banco Central para que pessoas e empresas possam pagar e receber dinheiro com maior facilidade. Desta forma, promove a economia das contas pessoais e de muitos negócios, sobretudo em função da isenção de taxas inclusas em outras operações.
4 - Tesouro Direto
Lançado em 2002, o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, 100% online. Para quem busca investir e não sabe como, o recurso é uma excelente alternativa, já que oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimentos e fluxos de remuneração. O objetivo é democratizar o acesso ao permitir aplicações iniciais no valor de R$30.
5- CDB e RDB
CDB (Certificado de Depósito Bancário) e o RDB (Recibo de Depósito Bancário) são títulos de renda fixa utilizados por bancos comerciais, como mecanismos de captação de recursos. Esses tipos de investimentos funcionam assim: ao comprar um título, seja ele CDB ou RDB, você emprestará dinheiro ao Banco e receberá juros em troca.
Ambos se parecem, mas existe uma diferença importantíssima para distinguí-los. Enquanto os CDB têm liquidez diária, ou seja, pode ser resgatado a qualquer momento, no RDB não existe esta possibilidade - só é permitido resgatar todo valor investido após o vencimento da aplicação.
