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09/11/2015 às 14h02min - Atualizada em 09/11/2015 às 14h02min

Samarco vai suspender atividades na usina de Ubu, em Anchieta

Empresa diz que, no momento, prioridade é atendimento às vítimas de rompimento de barragem em Minas Gerais

Gazeta Online

Após o rompimento da barragem de resíduos que causou uma catástrofe ambiental na região de Mariana (MG), a mineradora Samarco informou, por meio de nota, que deve suspender as operações industriais na unidade de Ubu, em Anchieta, ao final dos estoques de minério. As atividades de embarque do produto no porto da empresa também deverão ser interrompidas. Toda a operação na unidade de Mariana já está suspensa. 

A empresa também informou que está "monitorando permanentemente" a expansão da mancha que avança no Rio Doce, e que deve chegar ao Espírito Santo nesta segunda-feira (8), e que está tomando providências para reduzir os impactos ambientais gerados. A mineradora, no entanto, não detalhou quais são essas medidas. 

Lama no Rio Doce

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) emitiu um novo comunicado no início da tarde deste domingo e voltou a afirmar que a lama, proveniente do rompimento de barragens em Mariana, Minas Gerais, chegue a foz do Rio Doce, em Linhares, na madrugada desta terça-feira (10). Mas antes disso, a onda de cheia formada pelos dejetos de mineração vai atingir os municípios de Baixo Guandu e Colatina, na segunda-feira (09) e início de terça-feira (10), respectivamente. Um comunicado anterior previa uma mudança de data.

Esta onda de lama não irá causar enchentes nos municípios que estão localizados na margem do rio Doce. O monitoramento está sendo realizado em tempo real por meio de estações automáticas instaladas na calha do rio Doce e equipes de campo do CPRM que estão no local.

Além disso, um Sistema de comando de operação (SCO), formado pelas defesas civis de Colatina, Baixo Guando e Estadual, também acompanha o deslocamento da lama. O coordenador da Defesa Civil de Baixo Guandu, Valdério Sotele, explicou que a previsão de chegada dessa onda muda de acordo com diversos fatores. “Como a água vai mudando a densidade, isso vai aumentando ou diminuindo a velocidade, por isso os horários vão mudando”, alertou.
Os dois municípios capixabas que são abastecidos pelo Rio Doce, terão captação suspensa devido à alta concentração de sedimentos e à consequente degradação da qualidade da água. De acordo com a Agência Nacional de Água (ANA) o retorno às condições normais poderá levar dias em razão das baixas vazões naturais observadas no rio Doce. O abastecimento das cidades será feito por Linhares.
Em Linhares uma barragem do Rio Pequeno, onde é feita a captação da água que abastece a sede do município, está sendo ampliada. A medida é de segurança e tem objetivo de impedir que o Rio Doce jogue água suja de lama no Rio Pequeno, evitando assim o desabastecimento de água na cidade.


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