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03/05/2015 às 11h19min - Atualizada em 03/05/2015 às 11h19min

Falta até papel no ES para fazer BO em delegacias, diz sindicato

Presidente do sindicato dos delegados faz lista de precariedades. Chefe da Polícia Civil, do governo do estado, nega as acusações.

G1
Presidente do sindicato dos delegados faz lista de precariedades (Foto: Carlos Alberto Silva / A Gazeta)

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo (Sindepes) disse que o corte de verbas do governo não poupou sequer os materiais de escritório da polícia. O presidente do Sindepes disse que nas unidades tudo falta e o dinheiro acaba saindo do bolso de delegados e investigadores. Cortes de combustível, material de limpeza, manutenção de equipamentos e restrições no uso de celulares são apenas alguns dos relatos. O governo nega as acusações.

O Presidente do Sindepes, Rodolfo Laterza, disse que depois que um crime é investigado, solucionado, com suspeitos presos e, na hora de transcrever depoimentos, o trabalho para por falta de papel para imprimir a ocorrência.

As tesouradas têm comprometido o andamento das atividades da instituição e provocado um colapso no sistema, segundo o delegado Rodolfo Laterza. “Somos obrigados a improvisar, o que acaba afetando o rendimento do profissional. Imagina os policiais serem obrigados a pagar papel e manutenção de ar-condicionado? É preocupante”, disse Laterza.

A reportagem constatou a situação curiosa entre duas delas: na Delegacia de Turismo (Deptur) faltam impressoras; já na Delegacia Fazendária há carência de papel. Ambas ficam no Edifício Valia, no Centro de Vitória.
 

Internet
Pelo menos 40 delegacias foram afetadas com a suspensão de conexões ou a diminuição da velocidade da rede. Para trabalhar, investigadores recorrem à internet de vizinhos, segundo Laterza.

 

Gasolina
A cota estabelecida para o uso do combustível é de R$ 500 mensais, o que afeta o cumprimento de intimações e investigações na rua. É o que destaca Jorge Emílio Silva, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol). “Não tem como investigar. Tem cota de combustível. Se precisar ir para o interior, não tem como. Não pode pagar do próprio bolso. Fica difícil trabalhar assim”, observou.

 

O uso de celular também ficou restrito. Com o fim do contrato com a empresa terceirizada, faltam materiais de limpeza, papel higiênico e até água. A manutenção de ar-condicionado é paga pelos policiais.

Governo

A chefe da Polícia Civil,  Gracimere  Gaviorno, nega as acusações. No caso da internet, ela afirmou que a suspensão ocorreu em apenas 16 unidades para readequação de links contratados, mas que na última sexta-feira (30), foi realizado um pedido de religamento.
 

Informou ainda que essas delegacias foram beneficiadas com modem 3G durante o período de suspensão. Ela ainda nega cortes no contrato de limpeza, sob alegação de mais readequações de contratos. Gracimere  também afirma desconhecer problemas de falta de material.


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