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03/10/2019 às 10h44min - Atualizada em 03/10/2019 às 10h44min

MPF diz que auditor lavava dinheiro por meio de parentes; mulher declarou relógio avaliado em R$ 980 mil

À Receita Federal, ela disse que joia foi herança do pai. Marcial Pereira de Souza é um dos presos na Operação Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira no Rio.

G1
Relógio Jean Dunand Shabaka, semelhante ao da foto acima, foi declarado por Mônica Souza, mulher do auditor Marcial Pereira de Souza, preso pela PF — Foto: Reprodução

Em seu Imposto de Renda, em 2017, a mulher do auditor da Receita Federal Marcial Pereira de Souza declarou um relógio no valor de R$ 980 mil. De acordo com o relatório, a joia é herança de seu pai, já falecido. O pai de Mônica, ainda segundo a Receita, nunca declarou possuir a joia.

 

Marcial foi preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal, em mais uma fase da Lava Jato no RJ. De acordo com investigadores, o auditor esconderia o aumento de patrimônio em bens em nome de parentes.

Os investigadores afirmam que o relógio, um Jean Dunand Shabaka, é um dos dez mais caros do mundo.

"Causa espanto mesmo o pai sendo seu dependente nos anos calendário 2013 e 2014", escreve um dos investigadores em relatório sobre o auditor Marcial.

A reportagem teve acesso ao documento que consta do processo contra auditores da Receita Federal suspeitos de extorquirem dinheiro de empresários investigados pela Lava Jato no RJ.

Mônica declarou ainda possuir um outro relógio no valor de R$ 300 mil. Outros quatro relógios foram vendidos, segundo ela, em 2017, por um total de R$ 900 mil.

 

 


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