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27/06/2019 às 15h39min - Atualizada em 27/06/2019 às 15h39min

Detran alerta para o perigo de usar o celular ao volante

O condutor abre a porta do carro, coloca o cinto de segurança, liga o veículo e, por último, amarra uma venda nos olhos

Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada nessa segunda-feira (24) revelou que um em cada cinco brasileiros afirma que faz uso do celular enquanto dirige. Os dados mostraram que essa atitude, que coloca em risco a segurança de todos no trânsito, também é muito frequente em Vitória, onde 23,7% afirmam utilizar o aparelho ao conduzir veículo. Para alertar sobre os riscos do uso do celular ao volante, o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) colocou no ar, nesta semana, uma campanha educativa para conscientizar os capixabas de que redes sociais não combinam com direção. 

A campanha educativa, que tem o objetivo abrir os olhos dos capixabas para que não usem o celular ao volante, poderá ser vista até a próxima semana na televisão, em portais na Internet e também ouvida nas rádios. A propaganda, produzida com simulações do uso de aplicativos de mensagens e redes sociais ao volante, tem um mesmo cenário e três personagens diferentes: o condutor abre a porta do carro, coloca o cinto de segurança, liga o veículo e, por último, amarra uma venda nos olhos.


Em seguida, a tela fica preta e aparece a simulação de uma conversa nas referidas redes sociais com mensagens que reproduzem dados relacionados ao risco do uso do celular. 

Os dados utilizados são baseados em um estudo feito em 2017 pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi). O levantamento aponta, por exemplo, que desviar o olhar para responder uma mensagem à velocidade de 80 km/h equivale a dirigir a extensão de um campo de futebol inteiro com os olhos fechados. Ou seja, a 120 metros.

 

Riscos
O aumento do número de aparelhos celulares e a popularização nos preços de planos de telefonia aliados à desobediência das leis de trânsito têm feito com que muitos condutores causem ou se envolvam em acidentes. 

Dados da Administração Nacional de Segurança Viária (NHTSA) mostram que o uso do aparelho celular aumenta em 400% os riscos de sofrer um acidente no trânsito. No Brasil, a situação representa a terceira maior causa de mortes nas cidades. 

O diretor geral do Detran|ES, Givaldo Vieira, destaca que a educação no trânsito será cada vez mais difundida no Espírito Santo por meio de campanhas, ações educativas e novos projetos para reduzir o número de acidentes causados por distração e imprudência nas vias e rodovias. 

"Nos cinco primeiros meses desse ano, mais de 7.400 multas foram aplicadas no Espírito Santo porque pessoas cometeram infrações ligadas ao uso do celular ao volante. Não se trata de uma infração sem importância. Pessoas morrem no trânsito por causa do uso do celular e todos precisamos mudar essa realidade", assinala Givaldo Vieira.

 

Pesquisa

Segundo dados do Ministério da Saúde, 19,5% dos motoristas das capitais brasileiras afirmam que faz o uso do celular enquanto dirige. O percentual mostra que de cada cinco indivíduos, um comete esse ato que é um risco para acidentes de trânsito. A divulgação do dado inédito é do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, que também aponta que as pessoas com idade entre 25 e 34 anos (25,1%) são as que mais assumem esse comportamento de risco. 

O Vigitel é uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, que desde 2006 monitora diversos fatores de risco e proteção relacionados à saúde, incluindo a temática de trânsito, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Nesta edição foram entrevistadas por telefone 52.395 pessoas, maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro de 2018. 

As capitais que apresentaram maior percentual de uso de celular por condutores foram Belém (24,1%), Rio Branco e Cuiabá (24,0%), seguido por Vitória (23,7%), Fortaleza (23,5%), Palmas (22,4%), Macapá e São Luís (22,6%). Por outro lado, as capitais com menor uso de celular durante a condução de veículo foram: Salvador (14,2%), Rio de Janeiro (17,2%), São Paulo (17,4%) e Manaus (18,0%).


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