A Justiça mandou soltar, sem pagamento de fiança, o ex-síndico Waldino Côrrea de Almeida Filho, de 57 anos, que atropelou um comerciante durante uma briga na tarde de terça-feira (27), na principal avenida de Coqueiral de Itaparica.
Na manhã de quarta-feira (28), ele passou por exame de corpo de delito e chegou a ser encaminhado ao Centro de Triagem do Complexo de Viana, mas foi liberado após audiência de custódia.
De acordo com a decisão do juiz Carlos Henrique Cruz de Araújo Pinto, proferida durante a noite, a liberdade do homem "não oferece risco à ordem econômica, à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, considerando que possui residência fixa e ocupação lícita".
Com isso, a prisão preventiva de Waldino foi substituída por seis medidas cautelares. Caso ele descumpra qualquer condição imposta na decisão, poderá ter decretada sua prisão preventiva.
Veja quais são as medidas cautelares:
a) proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa;
b) comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado;
c) proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados;
d) recolhimento domiciliar de 20h às 6h;
e) comparecer em até 5 dias úteis a contar desta data ao juízo ao qual o presente APF será distribuído, com cópia de comprovante de residência, RG, CPF, CTPS e título de eleitor;
f) proibição de frequentar o local dos fatos e de manter qualquer tipo de contato com a vítima
Waldino foi detido após atropelar duas vezes um vendedor ambulante durante uma briga. Câmeras registraram as cenas.
No vídeo, ele aparece no carro vermelho. Após a discussão, ele acelera com o veículo, bate no caminhão do ambulante e o atinge. Waldino então dá ré, mas a confusão continua. Ele, então, acelera e acerta o ambulante de novo.
O ambulante usou um pedaço de ferro para tentar se defender, mesmo assim acabou se machucando e fraturou o pé. A vítima é um senhor de 63 anos, que preferiu não ser identificado.
A parte da frente do carro ficou toda danificada após o atropelamento. Pessoas que presenciaram as cenas seguraram o motorista até a chegada da Polícia Militar. Ele foi conduzido para a delegacia.
No dia do ocorrido, Waldino foi procurado e preferiu não gravar entrevista, mas relatou aos policiais civis que o levaram ao presídio que foi o ambulante quem iniciou a briga, dando várias facadas no capô do carro dele.
De acordo com a vizinhança, o homem e a vítima têm uma desavença antiga. Os dois moram no mesmo condomínio de prédios, em Coqueiral de Itaparica, e brigam por causa da disputa da administração do residencial.
Até o momento, a equipe de reportagem não conseguiu contato com a defesa de Wladino. O espaço segue aberto para manifestação do posicionamento.
