A população na Província de Henan, na China, protestou contra bancos que confiscaram depósitos financeiros de correntistas na cidade de Zhengzhou. Os atos foram violentamente reprimidos, segundo os vídeos postados nas redes sociais. As instituições estariam envolvidas em um escândalo financeiro.
Correntistas de quatro bancos regionais da China alegam que estão com suas economias bloqueadas desde abril. Esses valores estariam sendo transferidos para “produtos de investimento”, segundo informam autoridades chinesas.
Os moradores atingidos pela crise bancária, uma das piores dos últimos anos na China, alegam que 40 bilhões de iuanes, cerca de US$ 6 bilhões, em depósitos desapareceram e protestam exigindo acesso às suas economias.
Em 10 de julho, mais de mil depositantes se reuniram do lado de fora da filial do Banco Popular da China para realizar um grande protesto.
“O que assusta é que o Banco Central ainda não interveio”, comentou Dan Wang, economista-chefe do Hong Kong Bank Hang Seng, ao jornal Le Monde. “Há um alto risco de contágio se as pessoas ficarem com medo e procurarem sacar dinheiro. Nove bancos já foram afetados. O sistema bancário é muito sensível a esse tipo de sentimento”, alertou o economista.