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23/04/2018 às 14h51min - Atualizada em 23/04/2018 às 14h51min

Irmãos morreram abraçados em incêndio, diz pastor amigo da família

Pastor contou que, quando o pai conseguiu abrir a porta do quarto, o fogo aumentou. Ele chegou a ouvir as crianças chorando e apalpar a cama, mas não conseguiu encontrá-las em meio às chamas

Gazeta Online
    A tragédia com os irmãos Joaquim e Kauã, de 3 e 6 anos, em Linhares, faz com que as pessoas tentem encontrar possibilidades para que essa história nunca tivesse existido. Nessas horas, surgem muitas dúvidas de como tudo aconteceu e se algo poderia ter sido feito para evitar as mortes das crianças.    A informação inicial dava conta que a maçaneta da porta estava tão quente que o pai de Joaquim, o pastor George Alves — que também era padrasto de Kauã — não teria conseguido entrar no quarto dos meninos. Mas um pastor amigo da família contou, em detalhes, o desespero desse homem, que teve queimaduras nos pés e cílios queimados, para tentar salvar as crianças.    Mãe das Crianças    De acordo com o pastor Marcelo, a mãe das crianças, a pastora Juliana Salles, estava na cidade de Teófilo Otoni (MG), participando de um congresso de dança. Segundo ele, Juliana foi avisada que a casa dela havia pegado fogo. Mas era muito sofrimento falar da morte dos filhos queimados.  No Hospital  "Eles abriram aquela porta do hospital, nós pegamos ele (o pai). A gente não sabia o que fazer. Você vai chegar e falar o que para a pessoa? Eu abracei o George, os pastores vieram atrás".    O que aconteceu

 

  "Eu fiz para ele, dentro do carro, a pergunta que todas as pessoas fizeram quando não sabiam de fato a resposta dessa pergunta. Falei: 'Cara, o que que aconteceu?' 'A porta do quarto emperrou?' Ele falou 'não' e disse que ia me explicar...", diz antes de o vídeo cortar.  "O quarto tinha muita fumaça preta, fumaça, fumaça, fumaça... A cama estava incendiada, já tinha pegado fogo no guarda-roupa. Quando estava tudo incendiado, quando ele abriu a porta, o oxigênio fez com que o fogo quadruplicasse. Aí ele lutou contra o fogo, os cílios do George, se você perceber, tá todo enrugado, mesma coisa que você pegar um fio de cabelo e colocar no fogo. Os pés dele queimaram.    Ele foi em cima da cama apalpar a cama. Quando ele apalpou a cama, o fogo jogou ele para trás, pela fúria das chamas. Ele viu que as crianças não estavam lá, mas continuavam chorando. Mas ele não conseguiu ficar dentro do quarto nem 10 segundos direito.  Saiu de dentro do quarto, arrancou o portão da casa dele e viu duas pessoas passando num carro e chamou. Os caras tentaram entrar até que ele parou de ouvir o choro das crianças.  Aí, irmãos, o Corpo de Bombeiros achou as crianças abraçadinhas no canto do quarto, e isso impactou muito quem tava lá, porque os dois foram recolhidos em um único saco".    O caso    
            
Incêndio em quarto em residência, em Linhares, deixou irmãos mortos

Incêndio em quarto em residência, em Linhares, deixou irmãos mortos

De acordo com um amigo da família, George estava sozinho na residência com o filho Joaquim e o enteado Kauã, que dormiam juntos em um dos quartos da casa.

 

  Por volta das duas horas da madrugada, o pai escutou os meninos gritando e percebeu que a babá eletrônica estava apitando. Quando olhou o equipamento, identificou o fogo. Ele correu para o cômodo em que as crianças estavam e tentou socorrê-las. Mas não conseguiu retirar os meninos com vida do quarto.  Vizinhos que ouviram os gritos correram para ajudar, mas não foi possível. O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou fazer o socorro das crianças, mas segundo o sargento Paulo Roberto Rodrigues Nascimento, o quarto já estava tomado pelo fogo.  Quando a equipe conseguiu conter as chamas e se aproximar dos meninos, percebeu que os dois já estavam sem vida. A suspeita inicial é de que algum aparelho eletrônico possa ter causado o acidente.  A mãe de Kauã e Joaquim, que também é pastora, estava com o filho mais novo do casal em um congresso em Teófilo Otoni, Minas Gerais.

 


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