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16/10/2017 às 15h06min - Atualizada em 16/10/2017 às 15h06min

Camila Terra, a kennedense que é exemplo de luta contra o câncer de mama

Outubro Rosa: As estatísticas têm nome, endereço e sentimento

Aqui Notícias
Jonathan Lessa

 

Uma jovem comerciante de Presidente Kennedy viu todos os seus sonhos e projetos mudarem radicalmente a partir do diagnóstico de câncer.
Apesar das taxas de mortalidade ainda serem altas no Brasil, o diagnóstico precoce e o rápido tratamento podem salvar a vida de muitas pacientes. Hoje, é essencial que as mulheres estejam sempre atentas ao próprio corpo e não deixem de fazer os exames de rotina.

Neste mês, em que todo o mundo se une em torno desta causa por meio da campanha Outubro Rosa – que tem o objetivo de promover a conscientização e a prevenção da doença -, em parceria com a maquiadora Elusia Câmara, o fotógrafo Jonathan Lessa e o Aqui Notícias, a Grupo de Apoio ao Portador de Câncer (GAPPCI) e o Banco de Perucas da Casa de Apoio, apresentam a história de uma dessas mulheres que lutam contra o câncer.

Camila Terra: força e bom humor para enfrentar o câncer
Camila Terra, 34 anos, moradora da cidade de Presidente Kennedy, litoral sul do Espírito Santo conta que foi muito difícil quando teve a notícia de que tinha câncer. A comerciante, que é solteira, estava cheia de planos. Recém-formada em pedagogia, teve que abdicar de muita coisa para cuidar de sua saúde.
Mesmo com tanta evolução nos tratamentos, Camila ficou ansiosa. A medicina avança e aumenta as possibilidades de cura e mesmo nos dias atuais, a doença ainda assusta. E depois de quase um ano, o câncer cresceu e ela iniciou o tratamento.

 

O tempo passou e ela teve que encarar a difícil realidade de ver os cabelos caindo, devido à quimioterapia, entre outras reações ao tratamento. Além dos efeitos estéticos, o mal estar e toda a alteração do estado emocional também mexeram com Camila. "A gente chora e ri em fração de segundos", revela.
As pessoas, ainda hoje, olham o paciente com câncer de forma diferente. E Camila sentiu isso na pele. Em dado momento, tomou uma decisão de se assumir totalmente sem cabelo. -"Me prefiro careca", garante a kennedense que confirma se sentir melhor desta forma.

Sobre a perda dos cabelos, período delicado para as mulheres, ela encara: "Vergonha de que? não roubei, não matei, não fiz nada de errado. Estou tratando da minha saúde, então não tenho nada a esconder”.

E, no meio de tantas provações, uma amiga em especial está sendo a grande companheira para todas as horas. Segundo Camila, Adriana Contarini está fazendo toda a diferença nos momentos mais difíceis do tratamento contra o câncer.
Mas a força fundamental veio da sua família. Seu pai e mãe estão cada vez mais próximos, suprindo os altos e baixos do tratamento. "É cansativo, doloroso... tem dias que queremos ficar na cama, sem disposição", conta Camila.

De acordo com especialistas, apoio familiar ajuda muito no tratamento. Segundo a oncologista Sabina Aleixo, quando a pessoa se sente apoiada e amada ela supera com mais força os desafios do tratamento.
Super ativa e com a autoestima elevada, Camila surpreende todos a sua volta, lidando com o câncer de forma bem humorada. É a forma que ela encontrou para superar o doloroso e difícil tratamento. Ela conta que a fé também tem sido uma grande aliada. "Sem Deus eu não estaria aqui e por Ele vou me curar", afirma.

Camila também revelou qual seu sonho: o de comemorar o fim do tratamento e a cura. Segundo ela, só isso importa no momento. Nada mais passa a ter sentido, que a luta pela própria vida. E viver tem outro sabor, outra cor e outros prazeres.

Camila Terra conta também que todos os valores passam a ser revistos, a partir do diagnóstico de câncer. A vida passa a ter outro sentido e as pequenas coisas do dia a dia passam a ter mais importância.

Camila, que se trata de um câncer na mama faz parte de uma triste estatística pois é o câncer que mais acomete as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos da doença a cada ano. Considerado raro antes dos 35 anos e mais frequente entre melhores menopausadas entre os 50 aos 65 anos de idade, na faixa etária mais jovem pode ter um crescimento mais rápido e invasivo.

Camila continua o tratamento e faz um alerta: "Mulheres, cuidem-se e previnam-se contra o câncer, pois é muito doloroso passar por isso".

Por Ramon Barros - Aqui Notícias


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