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26/12/2014 às 14h47min - Atualizada em 26/12/2014 às 14h47min

Acusados de matar homem em Cariacica se dizem 'satisfeitos' com o crime

Eles disseram que foram tomar um café logo após o assassinato. Crime aconteceu na manhã desta quinta-feira dentro de uma fábrica de blocos no bairro Itapemirim

Folha Vitória

"Fiquei rindo a toa. Fui até fazer café em casa". Essa foi a reação de Christiano de Cristo Lopes, de 20 anos, um dos acusados de matar Hélio Henrique Fernandes, o "Baiano", de 26, na manhã desta quinta-feira (25), logo após o crime. Christiano foi detido, junto com Diego Souza Lima, de 27 anos, e Michel Lorenzoni, de 20, cerca de duas horas depois do assassinato. 

Segundo a polícia o homicídio foi praticado por Christiano e Diego. Já Michel teria fornecido as armas para o crime.

Os três detidos foram levados para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e não demonstraram nenhum arrependimento pela morte de Baiano. "Cadeia ou morte. 'Tô' aí preso, mas vou pagar e vou sair", garantiu Christiano, que se disse satisfeito pelo crime.

O homicídio aconteceu dentro de uma fábrica de blocos no bairro Itapemirim, em Cariacica, por volta das 6 horas desta quinta. O motivo seria desentendimento por causa do tráfico de drogas.

"É uma rivalidade de tráfico entre os bairros de Cariacica. Alguns meses atrás o Baiano já havia tentado matar o Christinao e hoje surgiu uma oportunidade e o Christiano executou o Baiano", contou o delegado Rodrigo Sandi Mori, responsável pelo caso.

Christiano confirma que matou o rival como forma de revanche. "Me chamaram de ladrão, sendo que eu não sou. Foram no meu portão, mandaram me chamar e me deram os tiros. Atentaram contra minha vida, fui lá e matei mesmo", afirmou. 

Café

De acordo com a polícia, Diego e Christiano foram até uma fábrica de blocos, onde a vítima costumava dormir, e o atingiram com oito tiros. Em seguida, foram para uma casa, localizada no mesmo bairro onde o assassinato aconteceu, e tomaram café. Minutos depois, Christiano saiu da residência e tentou matar João Marcos Sena, amigo de Baiano. 

"Depois do crime o comparsa do Baiano foi até o local e eles (os acusados) obtiveram a informação de que o João Marcos estava lá. Daí o Christiano desceu lá e atirou contra o João Marcos, mas ele não veio a óbito", contou o delegado.

João Marcos Sena foi atingido com dois tiros, na mesma rua onde o amigo foi morto. Ele foi socorrido para o hospital Antonio Bezerra de Faria e não corre risco de morte.

Na casa onde os acusados estava, a polícia encontrou uma pistola 380, dois revólveres calibre 38, munição, carregadores, e facões. As armas pertenciam a Michel Lorenzoni, de 20 anos. Ele afirma que elas foram adquiridas para "matar os inimigos". 

Para prender Chistisno, principal envolvido no crime, a polícia armou uma emboscada: o delegado Rodrigo Sandi Mori recebeu a informação de que a irmã do suspeito iria buscá-lo. Para não ser descoberto, o delegado a seguiu de táxi e conseguiu abordar o suspeito, que já estava em outro município.

"Obtivemos informações de que um dos autores já estaria na Serra. Empreendemos diligências e detivemos ele (Christiano) no bairro Carapina, dentro de um mato", contou.


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