O STF (Supremo Tribunal Federal) vai analisar um pedido de prisão preventiva contra Sidnei Piva de Jesus, dono da Viação Itapemirim (em recuperação judicial desde março de 2016) e da ITA (Itapemirim Transportes Aéreos), que no último dia 17 de dezembro de 2021, deixou milhares de passageiros sem transporte ao suspender repentinamente todas as operações no Brasil. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu o direito da Itapemirim de voar depois da atitude da companhia, e o Procon de São Paulo estuda multa de R$ 11 milhões contra a empresa e uma ação junto com a PGE (Procuradoria Geral do Estado) contra a ITA e Piva.
O pedido no STF foi endereçado ao ministro Luiz Fux na noite de terça-feira, 21 de dezembro, pelo deputado Federal Evandro Roman, do Paraná, e envolve também a empresária Camila Valdívia de Jesus, que foi sócia de Piva na empresa de ônibus.
O parlamentar relaciona 204 pontos que, segundo ele, indicam que “a atual gestão do grupo Itapemirim conduz seus negócios com pouquíssima transparência”
“Diante de todo o exposto, fica cada vez mais claro que a atual gestão do grupo ITAPEMIRIM conduz seus negócios com pouquíssima transparência e parece criar incontáveis entraves fáticos e óbices jurídicos que parecem ter um único fim: impedir o trabalho do MM. Juízo, da administradora judicial e do Ministério Público no curso da recuperação judicial.”
O deputado ainda cita na petição possíveis irregularidades cometidas ao longo da gestão da empresa de ônibus que supostamente foram tomadas em parceria com outros envolvidos.
“Pior: as potenciais irregularidades de gestão apontadas ao longo dos anos ganham especial gravidade quando analisadas à luz das fundadas suspeitas de condutas potencialmente criminosas em tese praticadas por SIDNEI PIVA DE JESUS, CAMILA DE SOUZA VALDÍVIA e outros possíveis envolvidos – a exemplo do marido ADIB ALDORGHAN e de ADÍLSON APARECIDO FURLAN, apenas para citar alguns.”
