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16/12/2014 às 23h10min - Atualizada em 16/12/2014 às 23h10min

Votação das contas de Casagrande é adiada em sessão marcada por bate-boca

O presidente da Comissão de Finanças, Dary Pagung (PRP), não apareceu no plenário, apesar de estar na Casa. A manobra acabou adiando a sessão para quarta-feira

Folha Vitória

Um desentendimento generalizado entre deputados de oposição e apoio ao atual governador, Renato Casagrande, impediu que o relatório da Comissão de Finanças rejeitando as contas do governo fosse votado nesta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa. Acusações e até xingamentos marcaram o expediente. 

Depois de 35 minutos de suspensão da sessão para apaziguar os ânimos, o presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), voltou e encerrou os trabalhos convocando os demais deputados para novas votações nesta quarta-feira (17), a partir de 9 horas, horário regimental.

O início da sessão deu mostras de que o clima estava tenso e ninguém seria poupado. O secretário da Casa Civil, Tyago Hoffman, juntamente com o subsecretário Paulo Mattos Júnior, foi convidado pelo então presidente, Nilton Baiano (PP), a se retirar do plenário e acompanhar o restante da sessão em outro local da Assembleia.

Numa questão de ordem, o deputado Da Vitória (PDT) discursou e disse não entender o motivo da manobra para derrubar a sessão. Já o deputado Claudio Vereza (PT), em um discurso bastante inflamado, disse que deixava a função de líder do partido por entender que sua presença em nada estava acrescentando, já que a orientação do seu partido era votar pela aprovação e os petistas Rodrigo Coelho e Lúcia Dornelas participaram do boicote para derrubar a sessão.

“O que está acontecendo aqui é inédito e perigoso. Uma tentativa de chicotear o governador que foi derrotado nas eleições e cancelar os direitos políticos dele, gerando uma jurisprudência política. Por ocasião disto, renuncio à função de líder da bancada do PT. Em reunião da Executiva foi definido que votaríamos pela aprovação das contas, mas a bancada não quis se reunir. Isto é sinal que o líder não vale m.. nenhuma”, desabafou o petista.

Imediatamente, o presidente Ferraço pediu que os servidores retirassem da nota taquigráfica a última parte do discurso do deputado Vereza. O deputado José Carlos Elias (PTB), em sua questão de ordem, requereu que se aprovassem as contas e acrescentassem ressalvas às contas do governador.

O deputado Roberto Carlos (PT) disse que estava ficando “feio” para quem não registrou a presença. “Recebi milhares de ligações e não atendi a nenhuma. Voto de acordo com minha consciência. Não se pode colocar esse passivo na conta da Assembleia. Fomos eleitos para dizer sim ou não e não fugir de bola dividida. O que a bancada não fez foi tomar posição", discursou. 
 
O presidente da Comissão de Finanças, Dary Pagung (PRP), não apareceu no plenário, apesar de estar na Casa. E o deputado Gilsinho Lopes (PR) deixou claro que Pagung foi o responsável pela antecipação do relatório.


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