Kennedy em Dia Publicidade 1200x90
11/05/2016 às 10h15min - Atualizada em 11/05/2016 às 10h15min

Bancada capixaba dará adeus duro. E sem saudades

Magno e Ferraço citam "crimes" e fatos "ridículos" e vão discursar em plenário

Gazeta Online
Bate-boca entre Ricardo Ferraço e Lindberg interrompeu sessão da comissão do impeachment no Senado

Já considerado fato irreversível pelos poucos governistas restantes, o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), em votação hoje no Senado, será debatido com duros discursos dos parlamentares. Os capixabas Ricardo Ferraço (PSDB) e Magno Malta (PR), que um dia já foram aliados do PT e do governo, não abrirão mão de discursar dando adeus à era PT no poder.

“Minha expectativa é que o processo de votação comece e termine nesta quarta (hoje) mesmo, porque o país não aguenta mais tanta exposição, não suporta tanta indefinição, a ponto de enfrentar decisões do nível da de Waldir Maranhão (presidente interino da Câmara) que expõem o Brasil ao ridículo”, disse Ferraço.

Já Magno promete um discurso do “pós-impeachment”, frisando que os êxitos não livram o governo de pagar pelos “crimes” cometidos. “Não vou desmerecer o que houve de bom com Dilma e Lula, mas eles não estão autorizados a ficar acima da lei e se inocentarem dos crimes. Respeito os senadores da base, mas vou mostrar essa nação sofrida e depauperada”, assinala.

Para Magno, a crise política e econômica vai marcar o governo do vice Michel Temer (PMDB): “Isso não é caldo de cana, que espreme e sai na hora. Vai demorar para o país melhorar”. Alfinetando o PMDB, o republicano diz que não apoia “quem abandona o barco”. E ressalta que o Brasil virou piada no mundo inteiro, razão pela qual deputados petistas lhe confessam o constrangimento de representar um desacreditado governo por onde andam.

Foto: Reprodução | TV Senado 

Magno Malta

“Como a pessoa que representa uma base eleitoral de trabalhadores chega de cabeça baixa nos eventos públicos por ser do PT? Como a pessoa vai defender isso, enquanto os filhos de Lula estão milionários?”, questiona o senador. “E os mesmos petistas me respondem: ‘Isso é que é difícil pra mim!’”, relata Magno.

Até a noite de ontem, a assessoria da senadora Rose de Freitas (PMDB) não confirmava sua presença na sessão de hoje. Rose está internada após passar mal na votação do processo de admissibilidade do impeachment, na sexta-feira passada, na comissão especial do Senado. Ele teve ameaça de acidente vascular cerebral.
A senadora fez ontem vários exames no hospital Sírio-Libanês. O resultado sai hoje até 14h, quando se define se ela volta a Brasília para a votação. Rose defende o afastamento de Dilma.


Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
WhatsApp
Atendimento
Fale conosco pelo Whatsapp