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10/12/2014 às 12h25min - Atualizada em 10/12/2014 às 12h25min

Hospital recebe R$ 2 milhões

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Um novo convênio que não estava nos planos da Prefeitura de Itapemirim para este ano foi assinado e vai permitir que o município repasse R$ 2 milhões ao Hospital Santa Helena. De acordo com o secretário de Saúde, Alex Wingler, o dinheiro serve para custear diversos procedimentos e garantir e que as portas do Pronto Socorro continuem abertas para a população.
 
O valor, que será pago em duas parcelas de R$ 1 milhão – e a primeira já foi repassada –,é apenas 200 mil reais a menos do que foi repassado em 2013. O detalhe é que naquele ano o repasse já estava acordado entre município, hospital e Governo do Estado, e foi feito em várias parcelas. Mas nesse ano o socorro ao Santa Helena foi feito às pressas. Por sorte, a prefeitura tinha destinado no orçamento R$ 2 milhões para fazer investimentos no setor.

 
“O mais importante é que a população seja atendida e é isso que estamos garantindo. Mas o dinheiro estava sendo reservado apenas para investimentos em equipamentos, como mesa cirúrgica, e em profissionais, e não para custear os atendimentos. Esse compromisso era tarefa do governo. Agora não investiremos mais da maneira que queríamos”, disse Alex.
O secretário espera que para 2015 haja uma rodada de negociação entre as partes e que, de maneira planejada, cada qual saiba qual o seu papel no gerenciamento da saúde: “Infelizmente os governos federal e estadual não vêm cumprindo e acaba sobrecarregando os municípios. Precisamos sentar e planejar 2015 para que a população não sofra e as prefeituras não precisem improvisar”.
 
Quadro crítico
O novo convênio foi necessário porque, segundo a direção do hospital, os repasses financeiros do Estado, que eram responsáveis por ressarcir os gastos de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não são suficientes para manter as atividades. Com o constante aumento das dívidas, o hospital chegou a anunciar o fechamento do Pronto Socorro, que atende moradores de diversos municípios do sul como Marataízes, Presidente Kennedy, Piúma e Itapemirim.
 
“Após sabermos das dificuldades enfrentadas, realizamos um novo convênio para garantir que as atividades do hospital não sejam interrompidas. Apesar de termos o Hospital Menino Jesus como referência de Pronto Socorro municipal, sabemos da importância do Heci para os moradores de toda a região e, por isso, jamais deixaremos que fechem as portas”, garante o prefeito, Dr. Luciano de Paiva (PSB).
 
Dívidas de R$ 100 mi
Como já divulgado por este veículo no final de semana, a dívida de mais de R$ 100 milhões do governo do Estado com os Hospitais Filantrópicos e as Santas Casas do Espírito Santo já bate à porta de toda a região sul. Por enquanto não há risco de paralisação dos atendimentos, mas já existe um sinal de alerta: é urgente a necessidade de regularizar os repasses para que se mantenha a normalidade no setor.
 
Dos três hospitais cachoeirenses, o Hospital Evangélico e o Hospital Infantil já admitiram ter recorrido a empréstimos bancários para pagamento de salário dos funcionários. Juntos, há um déficit na casa dos R$ 16 milhões. Na Santa Casa a dívida também está em R$ 6,9 milhões. De acordo com Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (FEHOFES) a dívida do Estado com os 43 hospitais filantrópicos do Espírito Santo já ultrapassa os R$ 100 milhões.


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