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24/02/2016 às 19h40min - Atualizada em 24/02/2016 às 19h40min

Janela migratória fortalece partidos tradicionais e esvazia novas legendas

Século Diário

O secretário de Assistência Social  Rodrigo Coelho assinou  nessa terça-feira (23) sua ficha de filiação ao PDT. Ele puxa a fila de lideranças políticas que vão aproveitar a janela de filiação aberta no último dia 18 pelo Senado, que permite a transferência de partido sem que o agente seja punido por infidelidade partidária por 30 dias após a publicação da emenda. 
 
Quem perde com isso são os partidos novos. Antes da ampliação da janela migratória, que antes atenderia apenas a vereadores, os novos partidos seriam a solução para os parlamentares poderem deixar as siglas, já que a regra de fidelidade previa a perda do mandato. Com isso, o processo de migração no ano passado levou uma boa parte das lideranças nacionais para novos partidos, caso do PMB (Partido da Mulher Brasileira), que teve uma peregrinação de políticos buscando fiscalização. 

 
Em duas semanas desde a criação, em novembro do ano passado, o partido havia conquistado 20 deputados federais para sua bancada na Câmara em uma só leva, superando PDT, PV e PCdoB em número de deputados. No Estado, o partido foi a solução do deputado estadual Amaro Neto, que não tinha o aval do PPS para mudar de partido, já que o deputado tem planos de disputar a prefeitura de Vitória e o prefeito Luciano Rezende, que também é PPS, é candidato declarado à reeleição. 
 
Mas, com a abertura da janela, o deputado já está de malas prontas novamente. Desta vez a caminho do DEM, um partido tradicional que tem mais condições de fazer alianças e com mais tempo de TV que o PMB, o que pode ser um diferencial em uma eleição disputada como a que se projeta para Vitória. 
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai distribuir 90% do tempo de TV proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados, considerados, no caso de coligação para eleições majoritárias, o resultado da soma do número de representantes dos seis maiores partidos que a integrem e, nos casos de coligações para eleições proporcionais, o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos que a integrem. Os 10% restantes do tempo será distribuído igualitariamente entre os demais partidos. 
 
Além de Amaro Neto, outros deputados estaduais também pretendem mudar de partido na janela partidária. Eles, porém, não devem fazer apostas arriscadas, procurando partidos com condições de celebrar boas alianças para o pleito municipal. 


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