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10/02/2016 às 17h39min - Atualizada em 10/02/2016 às 17h39min

Barrados na Justiça podem 'emprestar' nome de urna para eleger aliados

Século Diário

Na eleição deste ano, lideranças políticas com grande peso eleitoral podem ficar fora do pleito municipal enquadrados na lei ficha limpa. Com decisões colegiadas desfavoráveis, essas lideranças podem ter suas candidaturas impugnadas a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPES).

Mas uma eventual decisão desfavorável da Justiça não tira imediatamente essas lideranças do páreo e em último caso haverá sempre a estratégia de eleger um aliado com o prestígio político, mas isso também requer cuidado. Foi o que aconteceu em 2012 em Presidente Kennedy, litoral sul do Estado, o então prefeito Reginaldo Quinta (PMDB) registrou sua candidatura de dentro da cadeia, e tocou o processo eleitoral enquanto recorria nas instâncias superiores.

Dias antes da votação, sem conseguir reverter a impugnação de sua candidatura, colocou em seu lugar na disputa a sobrinha, Amanda Quinta (PSDB). O nome de urna, porém, permaneceu de Reginaldo e ele emprestou o prestígio para que a aliada fosse eleita. Hoje liberado pela Justiça para disputar a eleição, Reginaldo não teve o mesmo apoio familiar. A sobrinha quer disputar a reeleição e não pensa em dar espaço para o tio retornar à prefeitura. Muito ao contrário, o clima entre tio e sobrinha é cada vez mais hostil, e lavanderia promete ser grande durante a disputa.

Em Guarapari a situação foi diferente. O então prefeito Edson Magalhães (PMDB), acusado de estar disputando o terceiro mandato, manteve a candidatura até o fim, mas não foi diplomado. Em uma eleição extemporânea, ele conseguiu com seu prestígio político eleger o seu então candidato a vice, Orly Gomes (DEM). Mas a parceria acabou logo depois da eleição e hoje os dois são adversários.

Magalhães teve recentemente as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado e a tendência no legislativo municipal é de que o parecer da corte seja mantido. Neste caso, o deputado pode manter a estratégia e eleger um aliado com seu prestigio para derrotar o atual prefeito, embora na cidade, hoje Orly tenha força política e tenha se tornado um adversário competitivo.

Quem também pode emprestar o nome a um aliado é o secretário de Esportes e ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PMDB), que também teve as contas rejeitadas em Linhares e está com seu futuro político entregue às mãos da Câmara, que irá votar suas contas. Embora não descarte ser enquadrado na lei da ficha limpa, Zanon segue se articulando para a disputa municipal.

A tendência no município é que ele toque a campanha enquanto tenta reverter a condenação. Caso não consiga reverter, pode emprestar seu capital político ao aliado Lucas Scaramussa (PMDB).


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