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25/11/2015 às 19h43min - Atualizada em 25/11/2015 às 19h43min

Em alta no PSDB, projeto de governo de Max Filho não tem data

Século Diário
Foi simbólica a reunião com lideranças do PSDB na última segunda-feira (23), realizada no Dispensário São Judas, na Prainha, Vila Velha, conhecido reduto político do deputado federal Max Filho. O partido trouxe ao Estado o secretário-geral da sigla, deputado federal Silvio Torres (SP), que vai cuidar do processo eleitoral no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mostrou a influência de Max Filho na Executiva nacional e estadual da legenda.
 

O encontro foi para discutir a eleição municipal, mas o PSDB tem planos de voos mais altos para Max Filho. O próprio presidente estadual da Sigla, Jarbas Assis, fala na coluna Plenário, de A Tribuna desta quarta-feira (25) em um possível divórcio entre o ninho tucano e o PMDB, do governador Paulo Hartung, mas Max Filho é mais cauteloso.
 
Ele tem um projeto de governo, sim, mas não necessariamente para 2018. Há muitos detalhes a serem discutidos até lá. O vice-governador é Cesar Colnago e o governador vem falando nele como um possível sucessor no governo, embora ele também falasse isso em relação ao então vice Ricardo Ferraço, e deu no que deu. Mas também não há garantias sobre o caminho de Hartung em 2018. Ele pode disputar a reeleição ou tentar o Senado e aí apoiaria um nome para a disputa. 
 
Internamente, o partido tem a expectativa de entrada de Max na disputa pela musculatura adquirida em sua chegada à Câmara dos Deputados. O deputado vem correndo o Estado e fortalecendo os diretórios, atraindo novos quadros e se colocando como uma figura de projeção. Paralelamente, há uma insatisfação interna com as costuras feitas por Colnago em sua chegada ao governo. 
 
A base do partido esperava mais espaço para os tucanos na terceira gestão de Hartung, já que o governador foi eleito no palanque de Aécio Neves, em 2014. Mas o PSDB ficou com espaços que não garantiram visibilidade política para o ninho tucano. 
 
O partido ficou com a vice-governadoria e coordenação de Direitos Humanos, a secretaria de Ciência e Tecnologia e a presidência do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), além da Prodest. Colnago acabou perdendo força dentro do partido. Por isso, e porque durante sua passagem à frente do partido, o PSDB não teve o crescimento esperado. 
 
Max Filho, além de uma musculatura política forte no PSDB local, tem se destacado também em nível nacional no partido. Foi ele quem puxou o movimento na sigla para desembarcar do apoio à permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à frente da Câmara, sendo o primeiro a assinar o pedido de afastamento do peemedebista. 
 
O deputado federal também conquistou a confiança do principal líder tucano em nível nacional. Quando fala para o Espírito Santo, o presidenciável Aécio Neves fala por meio de Max Filho, o que aumenta a capilaridade do deputado com as lideranças locais. 
 
Mesmo com esse capital, Max Filho vem tentando se desvencilhar das pressões internas do partido. A estadual vai na mesma linha do eleitorado canela-verde, que quer ver Max na disputa à prefeitura de Vila Velha. Mas se fizer isso, Max Filho ficará novamente setorizado, limitando sua imagem a Vila Velha. 
 
Com a nacional e também para as lideranças locais sua candidatura em 2018 seria importante para preparar a base do palanque de Aécio Neves na disputa à presidência da Republica, mas isso não precisa necessariamente acontecer de forma afastada do PMDB de Paulo Hartung. Se Hartung disputar o Senado, pode apoiar Cesar Colnago, deixando um tucano à frente do palanque, o que atenderia ao projeto nacional. Neste caso, Max filho teria que pegar a senha para 2022.


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