Kennedy em Dia Publicidade 1200x90
30/07/2015 às 19h28min - Atualizada em 30/07/2015 às 19h28min

Apesar da crise, investidores garantem portos no Estado

Cerca de R$ 10 bilhões serão injetados nos projetos de Manabi, Porto Central e Imetame

Gazeta Online

Mesmo enfrentando excesso de burocracia, entraves ambientais e abalos provocados pela crise econômica, os investidores dos projetos de Porto Central, Manabi e Imetame garantem que os empreendimentos sairão do papel e mantêm, inclusive, os cronogramas com as datas estimadas para as obras começarem a serem tocadas.

Juntos, os três projetos somam um montante de R$ 10 bilhões em investimentos e prometem um volume de geração de empregos que ultrapassa as 6,5 mil vagas diretas nas diferentes fases de execução das obras e fixação dos portos.

Representantes das empresas responsáveis pelos projetos participaram, ontem, de uma conferência no segundo dia da feira tecnológica Mec Show, na Serra. Em vários momentos do evento, eles ressaltaram a importância desses empreendimentos para o desenvolvimento do Estado. Além de contribuir para a geração de emprego e qualificação para a mão de obra local, a promessa é de que esses projetos ajudarão a destravar a logística capixaba, que hoje encontra muita deficiência na estrutura portuária.

O pedido de licença de instalação da primeira fase do Porto Central, em em Presidente Kennedy, deve acontecer amanhã, segundo o diretor de implentação do projeto, José Maria Novaes. Até março do ano que vem, o executivo espera ter contratos suficientes para viabilizar o início da construção do porto.

Com apenas cinco clientes, já é possível viabilizar a primeira fase do projeto, que está previsto para entrar em operação em 2018. Já para a fase 2, a expectativa do diretor é contar com a chegada da ferrovia Vitória-Rio. “Para nascer, o porto não precisa de ferrovia. Mas, para incorporar, precisa”, diz.
No caso da Manabi, que está previsto para ser construído em Degredo, Linhares, o principal entrave é relacionado à licença ambiental e aos impasses enfrentados com as comunidades locais, que temem que o empreendimento afete a vida marinha e as atividades de pesca na região.

“Tem muita informação distorcida, principalmente nas redes sociais. Não vamos acabar com a praia nem com as tartarugas. Vamos manter a vegetação costeira e utilizar tecnologia de ponta para minimizar impactos”, argumenta o gerente geral de pré-operação, Romeu Rodrigues.

Romeu ressalta que só falta a licença prévia para o empreendimento “deslanchar” e insiste que não existe uma “negativa” do Ibama. “O Ibama deu o parecer dele, pedindo documentação e fazendo sugestões. Nosso projeto praticamente não muda em nada. Acreditamos que nos próximos meses teremos um retorno favorável”, sinaliza.
A Imetame diz que obras do porto, em Aracruz, também estão na iminência de decolar. Um contrato já foi fechado com um empresa Norueguesa, o que reforça ainda mais a necessidade de serem cumpridos os prazos, diz Áureo Leal, diretor executivo da empresa.
Detalhes dos projetos
Porto Central (Presidente Kennedy)
Investimento
R$ 7 bilhões
Empregos
4,8 mil, quando a implantação do porto estiver concluída
Fluxo de embarcações
1,8 mil
Estaleiro
O porto contará com um estaleiro com capacidade para reparar 45 navios por ano
Cronograma: 2015-2016
- Licitação de empreiteira
- Financiamento
- Concessão de licenças
2018
Estimativa para acontecer a primeira carga (fase 1)
2019
Entra em operação a fase 2, com possibilidade de uso da rede férrea
Até 2020
Finalização da construção da obra e início da operação (fase 3)
 
Manabi (Linhares)
Investimento
R$ 2 bilhões
Empregos
1,5 mil, durante a obra
Movimentação
25 milhões de toneladas e 150 navios/ano
Já conseguiu
- Aquisição das propriedades
- Aceite do EIA/Rima
- Realização das audiências públicas
- Assinatura do contrato de adesão com a SEP
- Parecer favorável da Marinha do Brasil para implantação do terminal
Pendência
Em maio de 2015, o Ibama deu parecer com solicitação de informações complementares para o projeto
O que falta conseguir
- Licença de Instalação
- Licença de Operação
 
Imetame (Aracruz)
Investimento
R$ 300 milhões
Fase I
- 1º cais dedicado a load-out
- Galpão de montagem final e testes
- Galpão de 30 metros de altura e duas pontes de 150 toneladas
- Tempo de construção: 24 meses
Licenciamento (cronograma)
- 2009: Início do projeto
- Dezembro 2012: Licença prévia
- Maio de 2014: Licença de instalação
- 2015: Início de produção e montagem
- 2016: Previsão para o primeiro load-out
Lava Jato não vai afetar contratos com estaleiro
O casco do segundo navio-sonda – O Guarapari – a ser construído para a Petrobras no Espírito Santo deve chegar ao Estaleiro Jurong, em Aracruz, ainda este ano. Apesar da crise da estatal e das incertezas geradas pela Operação Lava Jato, o gerente de desenvolvimento e negócios da empresa singapurense, Cícero Grams, acredita que a petrolífera brasileira conseguirá manter os acordos feitos para a construção de sete navios-sonda e duas plataformas no Estado.
Cerca de 160 condicionantes, muitas delas relacionadas a questões ambientais, estão sendo cumpridas pelo estaleiro, que atualmente está com 70% das obras concluídas. Um total de 2 mil empregos diretos foram gerados, segundo a empresa , que contará com a mão de obra de 5,4 mil funcionários quando estiver em funcionamento. Cícero vislumbra que a Jurong poderá atrair navios da África para passar por reparos na base de Aracruz.
Recorde de R$ 60 milhões em negócios em apenas um dia de evento
Em apenas um dia, as rodadas de negócios da Mec Show promoveram o fechamento de R$ 60 milhões em contratos futuros entre grandes empresas e fornecedores locais. O valor é o maior em oito anos do evento, de acordo com o Sindifer. Com 60 empresas ofertantes inscritas, foram realizadas 210 reuniões de fornecedores com as nove âncoras do evento: ArcelorMittal, Estaleiro Jurong, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Vale, Fibria, Transpetro, EDP Escelsa e Samarco. Realizada pelo Sebrae-ES, a ação visa aproximar e criar uma oportunidade para as micro e pequenas empresas negociarem diretamente com as grandes corporações. Ao todo, foram ofertados 46 demandas de produtos e bens, como andaimes, arames e cabos de aço, além de 116 itens de serviço, como vigilância e estruturas.


Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
WhatsApp
Atendimento
Fale conosco pelo Whatsapp