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09/09/2020 às 09h40min - Atualizada em 09/09/2020 às 09h40min

Teste da vacina de Oxford já havia sido interrompido antes, diz Reino Unido

Segundo o secretário Matt Hancock, essa não é a primeira vez que o ensaio clínico da vacina de Oxford foi suspenso e que a interrupção não representa necessariamente um atraso

Da Redação

secretário de saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse nesta quarta-feira (9) que a suspensão dos testes da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford anunciada na terça-feira não foi a primeira.
 

"É obviamente um desafio para esse ensaio clínico específico. Não é, na verdade, a primeira vez que isso aconteceu com a vacina de Oxford", disse Hancock em uma entrevista à Sky News.

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford suspenderam os testes da sua vacina experimental para o coronavírus, que estão na fase 3, por causa de uma doença não explicada em um participante.

Perguntaram a Hancock se isso implicaria um atraso no processo, e ele disse: "Não necessariamente, isso depende do que eles encontrarem na investigação".

A agência que regulamenta medicamentos no Reino Unido (MHRA) afirmou que está revisando os dados dos testes com urgência para decidir se a AstraZeneca pode retomá-los.

Um dos diretores do órgão, Siu Ping Lam, afirmou que a agência está trabalhando em parceria com o Centro de Vacinas de Oxford para revisar as informações de segurança, de acordo com o protocolo do ensaio clínico.

“Estamos revendo com urgência todas as informações e trabalhando ativamente com os pesquisadores para determinar se o ensaio pode recomeçar assim que possível”, ele afirmou.

Suspensão por uma doença inesperada
A suspensão dos ensaios clínicos é um procedimento padrão que acontece sempre que surge uma doença inexplicável em um dos participantes, afirmaram em nota a universidade e a empresa.

Segundo o jornal "The New York Times", o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal.

De acordo com a universidade, em grandes ensaios clínicos, uma doença pode acontecer por acaso, sem que haja uma relação com a vacina em teste, mas é preciso que haja uma análise independente para checar isso.

Segundo a AstraZeneca, o "procedimento padrão de revisão" dos estudos foi acionado e a vacinação foi pausada "voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente".

"Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos." — AstraZeneca


Reação adversa

O jornal "The New York Times" informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e pode ser desencadeada por diferentes motivos. O jornal atribuiu o dado a uma pessoa próxima do caso e que falou sob condição de anonimato.

"Eu consegui falar com a Inglaterra assim que a informação saiu, mas nós sabemos que houve um caso de uma manifestação chamada mielite transversa, que é uma manifestação clínica - muitas vezes autoimune - atribuível a várias doenças. É uma manifestação neurológica que pode evoluir com perda temporária, parcial ou grande, afetando a medula humana e que isso pode estar ou não relacionado a vacina", disse Margaret.


Fonte: G1


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