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24/05/2019 às 16h11min - Atualizada em 24/05/2019 às 15h11min

Prefeito de Itapemirim é afastado por 60 dias e presidente da Câmara assume

Thiago Peçanha Lopes era vice do prefeito eleito, Luciano Paiva, condenado a nove anos por corrupção

Da Redação - Com informações Século Diário

A Câmara de Itapemirim (sul do Estado) decretou nesta sexta-feira (24) o afastamento por 60 dias do prefeito Thiago Gomes Peçanha Lopes (PSDB), que exercia o cargo interinamente desde a cassação do prefeito eleito, Luciano Paiva (Pros), condenado a nove anos de prisão por praticar crimes contra a administração pública. 

Assume o cargo o presidente da Câmara, Mariel Delfino Amaro (PCdoB), até a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no legislativo, que pode determinar, após 60 dias, a cassação do mandato do prefeito. 


Com o afastamento de Thiago Peçanha Lopes, o município assiste a um novo escândalo, desta feita por denúncias que o citam em irregularidades no Consórcio Intermunicipal de Saúde CIM/Expandia Sul. Essa instituição é responsável pela gestão na área de saúde de sete municípios no sul do Estado e alvo de investigações por parte do Ministério Público e câmaras municipais, entre elas a de Piúma, município vizinho a Itapemirim. 

Thiago Peçanha passou a ser investigado pela CPI nessa terça-feira (7), por supostas fraudes praticadas na área de saúde. O afastamento visa garantir a instrução processual, sem interferência de prefeito. 

Caso sejam comprovadas as irregularidades nos repasses da prefeitura para o consórcio, ele poderá ser cassado e perder os direitos políticos por oito anos. Peçanha era vice do prefeito eleito pelo Pros, Luciano Paiva, que perdeu o mandato em fevereiro deste ano, por envolvimento em casos de corrupção. Paiva já estava afastado do cargo desde abril de 2017.

Luciano Paiva, o Dr. Luciano, foi condenado pelo Tribunal de Justiça a nove anos e um mês de prisão, mas poderá recorrer em liberdade. Ele foi condenado por ilícitos cometidos na contratação de sete shows artísticos e também em um contrato de publicidade firmados pela prefeitura. Somados, os contratos chegam a mais de R$ 1 milhão.

A abertura da CPI para investigar o atual prefeito foi aprovada pelos vereadores Mariel Delfino e Rogério Costa, do PCdoB; Leonardo Fraga (DEM); Joecir Cabral (PP); João Bechara (PV); e Fábio Santos (PSL). Além de Itapemirim e Piúma, o consórcio atende aos municípios de Anchieta, Alfredo Chaves, Iconha, Rio Novo do Sul e Marataízes.


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