Bolsonaro precisou passar por três procedimentos cirúrgicos desde que sofreu um ataque a faca que perfurou seu abdômen em Juiz de Fora (MG), durante ato de campanha à Presidência da República em setembro do ano passado. A última cirurgia foi em 28 janeiro, para retirar a bolsa de colostomia e fazer a religação do intestino delgado ao intestino grosso.
O avião presidencial pousou no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 9h09 desta quarta-feira. Ele seguiu com uma comitiva em direção ao hospital logo após desembarcar.
O presidente havia retornado a Brasília há duas semanas, logo depois de receber alta do Einstein. Ele chegou a ter uma espécie de gabinete no hospital para que pudesse despachar lá de dentro no período em que esteve internado.
Durante o período de internação, o presidente chegou a ser diagnosticado com pneumonia, o que contribuiu para que a alta dele demorasse além dos dez dias previstos inicialmente.
Quando ele deixou o Einstein, o boletim médico divulgado pelo hospital informava que Bolsonaro recebeu alta "com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral".
Demissão após retorno a Brasília
Após deixar o hospital no último dia 13, Bolsonaro trabalhou por dois dias na residência oficial do Palácio da Alvorada e, em seguida, voltou a despachar em seu gabinete no Planalto.
Ao retomar à rotina de trabalho, o presidente decidiu exonerar Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência, a primeira demissão do governo. Ele enviou dois projetos ao Congresso Nacional: o pacote anticrime e a reforma da Previdência.
Investigação de atentado
O atentado contra Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal. No mesmo dia da facada, Adélio Bispo foi preso e admitiu ter sido o autor do golpe. Nesta segunda-feira (25), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, informou que apresentaria ao presidente o resultado parcial do inquérito, que ainda está em andamento.
O primeiro inquérito da PF concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação foi "indubitavelmente política". O segundo inquérito foi aberto para dar continuidade às apurações, visando apurar "participação de terceiros ou grupos criminosos" no atentado.