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23/01/2019 às 11h47min - Atualizada em 23/01/2019 às 11h47min

Mais de mil diplomas na área do Magistério foram obtidos de forma fraudulenta no norte do ES

As fraudes em relação a cursos de pós-graduação são ainda maiores, mas os dados ainda estão em análise pelo MPES

Folha Vitória

 

 
 
 
 

As diferentes fases das investigações do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), que identificou mais de 900 pessoas que comparam diplomas falsos no estado, indicou ainda mais de 1.100 diplomas só de graduação na área do Magistério, obtidos de forma fraudulenta na região do norte capixaba, com simulação de aulas e atividades aos alunos. 

A primeira lista de nomes das pessoas que compraram os diplomas - obtida por colaboração premiada envolvendo investigados da Operação Mestre Oculto - foi encaminhada pelo órgão à prefeitura de Rio Bananal. 

Segundo o MPES, outras prefeituras capixabas e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) também vão receber a lista com nomes de pessoas que usaram do esquema fraudulento para conseguir diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres a professores, sem a necessidade de comparecimento às aulas presenciais. O MPES está levantando os dados para saber quantos professores estão ou estiveram em sala de aula de forma indevida, usando documentos obtidos de forma fraudulenta.

Em relação ao município de Rio Bananal, por onde a investigação começou, o MPES afirma que quer saber quais professores apresentaram documentos falsos para dar aulas. Caso os nomes sejam confirmados pela administração municipal, as pessoas envolvidas responderão na Justiça por uso de documentos falsos e estarão sujeitas a punições administrativas. A lista com os nomes não será divulgada.
Denúncia

O MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) e da Promotoria de Justiça de Rio Bananal, denunciou à Justiça 11 pessoas investigadas nas duas fases da Operação Mestre Oculto, que tem o objetivo de desarticular um esquema criminoso para obtenção de diplomas de curso superior, visando especialmente à nomeação em cargos públicos.

Na denúncia, protocolada em 24 de agosto de 2018, o MPES argumenta que os denunciados se associaram para cometerem crimes sistemáticos de estelionato, falsidade ideológica e contra o consumidor, mantendo diversas pessoas em erro. Para tanto, os acusados prometiam a entrega de diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres a professores, sem a necessidade de comparecimento às aulas presencias em faculdades/universidades diversas, inclusive de outros estados, como Minas Gerais.

Investigações

Até agora, as diferentes fases das investigações em curso, apontam que mais de 1.100 diplomas só de graduação na área do Magistério foram obtidos de forma fraudulenta na Região Norte do Estado, com simulação de aulas e atividades aos alunos. As fraudes em relação a cursos de pós-graduação são ainda maiores, mas os dados ainda estão em análise pelo MPES.

Cerco aos falsos professores

O MPES quer saber quais professores apresentaram documentos falsos para dar aula em Rio Bananal, nos demais municípios da região, e no Estado. A lista com os nomes será encaminhada a demais prefeituras capixabas e à Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Confirmando os nomes, cada “professor” vai ser alvo de um processo na Justiça por uso de documentos falsos, além de estarem sujeitos a punições administrativas.

Lista maior

As investigações continuam em relação a outros institutos de ensino que atuam na região. Com isso, a lista de pessoas que usam documentos falsos para dar aulas pode ser ainda maio.

 

 

 

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