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28/02/2023 às 14h55min - Atualizada em 28/02/2023 às 14h55min

Desemprego recua para 7,9% em dezembro, menor taxa para o trimestre desde 2014

População desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas no último trimestre de 2022, o que representa recuo de 9,4% contra o período terminado em setembro. Taxa média anual de desemprego para o ano de 2022 foi de 9,3%.

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,9% no trimestre móvel de outubro a dezembro de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (28) pelo IBGE. É a menor taxa para o mesmo trimestre de referência desde 2014, quando foi de 6,6%.

Além disso, o IBGE divulgou a taxa média anual de desemprego para o ano de 2022, que foi de 9,3%. É o menor patamar médio anual desde 2015. (veja mais abaixo)

No trimestre terminado em dezembro, a taxa de desocupação da população brasileira recuou 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em setembro, quando era de 8,7%. Comparado ao mesmo trimestre de 2021, houve queda de 3,2 pontos percentuais (11,1%).

Comparado aos demais trimestres da pesquisa, esse é o menor valor desde dezembro-janeiro-fevereiro de 2015, quando a taxa foi de 7,5%.

Em números absolutos, a população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro. Trata-se de um recuo de 9,4% contra o trimestre terminado em setembro, ou 888 mil pessoas a menos entre os desocupados. A queda chega a 28,6% quando comparado ao mesmo período de 2021, o que representa 3,4 milhões de pessoas a menos.

Para o IBGE, são classificadas como desocupadas as pessoas sem trabalho que geram rendimentos para o domicílio nessa semana, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência.

Veja os destaques da pesquisa.

Taxa de desocupação: 7,9%População desocupada: 8,6 milhões de pessoasPopulação ocupada: 99,4 milhões População fora da força de trabalho: 65,9 milhões População desalentada: 4 milhões Empregados com carteira assinada: 36,9 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhõesTrabalhadores por conta própria: 25,5 milhõesTrabalhadores domésticos: 5,8 milhõesTrabalhadores informais: 38,6 milhõesTaxa de informalidade: 38,8%

Taxa média de desemprego

A taxa média de desemprego em 2022 foi de 9,3%, o que equivale a 10 milhões de trabalhadores desempregados. Na comparação com 2021, foram 3,9 milhões de desempregados a menos, o que representa uma redução de 27,9% no ano.

"No entanto, o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados (6,8 milhões) da série histórica da PNAD Contínua", destacou o IBGE.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

A pesquisadora destacou que, em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p. Todavia, a taxa de desemprego no país ainda se encontra 2,4 p.p. acima do menor nível da série, registrado em 2014, quando ficou em 6,9%.

Confirmando a recuperação em 2022, outros índices também se destacaram. O contingente médio anual da população ocupada cresceu 7,4% em comparação com 2021, um incremento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.

Embora a queda do desemprego tenha garantido a recuperação do mercado de trabalho, a qualidade do emprego piorou. O país atingiu número recorde de empregados sem carteira assinada, 12,9 milhões de trabalhadores nesta condição, cerca de 1,7 milhão a mais que em 2021, o que representa um aumento de 14,9%.

“Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Porém, é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada”, explica a especialista.


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