"Reafirmo a minha posição já explicitada de que me manterei de forma equilibrada nesse segundo turno a partir do último domingo, quando a população capixaba me concedeu uma vitória no primeiro turno. Eu serei o governador de todos os capixabas, portanto tenho que respeitar todas as pessoas que votaram e que estiveram junto comigo na candidatura. Precisarei de todos para que a gente possa fazer um trabalho bom e que o Estado volte a crescer", diz Casagrande.
Renato Casagrande teve 1.072.224, o que corresponde a 55,49% dos votos válidos, contra 525.973 votos de Carlos Manato (PSL) – 27,22%, segundo colocado. Esta é a segunda vez que Renato Casagrande é eleito governador do Estado. Em 2010, foi eleito governador do Espírito Santo com votação recorde: 82,3% dos votos válidos, a maior da história do Espírito Santo.
Voto do capixaba
No Espírito Santo, Jair Bolsonaro (PSL) foi o candidato à presidência mais votado. Escolhido por 1.122.131 capixabas que foram às urnas, Bolsonaro teve 54.76% dos vontos contra 24.20% (495.868) de Fernando Haddad. Do total de 78 municípios capixabas, o candidato do PSL foi preferência em 64.
Reunião do PSB
Apesar da decisão do PSB, os diretórios do Distrito Federal e de São Paulo foram liberados para se posicionarem de forma independente. Ao anunciar a decisão, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, afirmou, no entanto, que o partido cobrará de Haddad a formação de uma frente democrática envolvendo, além de partidos políticos, atores da sociedade civil.
"No momento difícil que vive o País, queremos que a candidatura se transforme em uma frente democrática. Não estamos apoiando o candidato do PT, mas sim quem vai liderar essa frente para defender a democracia", afirmou Siqueira.
O partido deverá ainda entregar a Haddad um documento com pautas programáticas. De acordo com o presidente do partido, o PT não pediu apoio formalmente. "Estamos nos posicionando porque é a obrigação de um partido que tem vida republicana", disse.
O apoio do PSB era considerado pelo PT como fundamental para impulsionar a candidatura do partido no segundo turno e angariar forças contra o adversário, Jair Bolsonaro (PSL).
Na manhã desta terça, Haddad havia dito que é preciso fazer uma "recomposição de campo". O ex-prefeito de São Paulo lembrou também do apoio do PDT e do PSOL e ressaltou que, neste momento, ninguém está discutindo a definição de cargos em um eventual governo.
Haddad, no entanto, também espera um apoio formal do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que disputa a reeleição no segundo turno. O candidato afirmou que prefere manter a neutralidade.
A cúpula do partido acatou a vontade de França e do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, que também disputa a reeleição no segundo turno. Os dois estão em Estados onde Bolsonaro tem amplo apoio e uma declaração pública a favor de Haddad poderia prejudicá-los.
"Decidimos que São Paulo e o DF poderão examinar suas coligações e definir qual posição irão querer adotar. Temos confiança absoluta neles e eles precisam ter liberdade para conduzir suas candidaturas", afirmou Siqueira.
Questionado sobre se um dos dois candidatos poderia acabar apoiando Bolsonaro, Siqueira repetiu que confia em seus correligionários. O PSB também disputa eleições regionais no Amapá, com João Capiberibe, e em Sergipe, com Valadares Filho.
Com informações de Estadão Conteúdo.