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18/08/2022 às 11h47min - Atualizada em 18/08/2022 às 12h00min

Parsemus Foundation: Estudo mostra que a metformina reduz drasticamente a hospitalização por COVID

O medicamento, presente no mundo todo, reduz em mais da metade as idas ao pronto-socorro, a hospitalização e as mortes por COVID-19, se iniciado dentro de 4 dias após o surgimento dos sintomas.

DINO

A metformina, uma droga muito usada no tratamento de diabetes, reduz os casos graves em mais da metade, se tomada dentro de 4 dias após aparecerem os sintomas da COVID. É isso que mostra um grande ensaio randomizado controlado, conforme anunciado hoje pela Universidade de Minnesota. Os resultados foram publicados no dia 18 de agosto no New England Journal of Medicine, de acordo com Parsemus Foundation.

A metformina, também conhecida como Glifage (no Brasil) e Ebymect (na Europa), costuma ser usada como tratamento de diabetes, mas também tem um passado pouco conhecido como droga antiviral na década de 1950. Em pesquisas mais recentes, ela também parece afetar as vias inflamatórias mTOR. Dado que a COVID envolve inflamação viral, a pesquisadora principal, Dra. Carolyn Bramante, e sua equipe concluíram que a combinação da ação anti-inflamatória com a ação antiviral merecia ser estudada.

“Achamos muito intrigante no começo, quando ficamos sabendo que, entre as pessoas que tomavam metformina, um número menor estava pegando COVID ou sendo internado”, diz Elaine Lissner, fundadora e fiduciária da Parsemus Foundation. A Parsemus é uma pequena organização sem fins lucrativos da Califórnia que trabalha com soluções de baixo custo e negligenciadas pela indústria farmacêutica.

“Mas nunca se sabe se é só coincidência até voltarmos e testarmos rigorosamente desde o começo”.

“Quando descobrimos que os pesquisadores da Universidade de Minnesota já estavam tentando arrecadar fundos para testar o medicamento, agarramos a oportunidade”, diz Lissner. Duas outras fundações maiores se juntaramàParsemus Foundation, ansiosas por testar medicamentos globalmente acessíveis e de baixo custo.

Com financiamento filantrópico e alcance bilíngue, o grande estudo COVID-OUT comparou três medicamentos considerados promissores — a ivermectina, objeto de muito interesse e controvérsia; a fluvoxamina, um antidepressivo que tinha exibido fortes resultados em estudos anteriores; e a metformina, um remédio para diabetes amplamente utilizado e de baixíssimo custo. A metformina foi a vencedora.

Um copo meio cheio ou meio vazio?

Embora em alguns círculos os resultados não tenham sido imediatamente vistos como uma vitória para a metformina, isto foi baseado numa tecnicidade — o fato de o medicamento não ajudar com o nível de oxigênio medido com monitores de oxigênio caseiros. Mas dado que o vírus mudou e não vai mais diretamente aos pulmões — sem falar dos problemas de precisão que mais tarde surgiram nos oxímetros —, esta não deve ser a conclusão essencial.

O ponto decisivo é que a metformina foi o medicamento que ajudou em todos os outros aspectos, e evitou mais internações.

“Podemos discutir tecnicidades — estatísticas, análises ad hoc, a imprecisão dos monitores de oxigênio —, mas no final de contas, o número de pessoas que acabaram no hospital foi reduzido pela metade”, diz Lissner. “Este é o ponto principal, e não é algo que podemos ignorar. Não podemos perder mais vidas só porque o vírus mudou, mas nós não nos ajustamos. Não temos esse luxo.”

A metformina é o medicamento antidiabético oral mais prescrevido no mundo todo, tomado por mais de 150 milhões de pessoas todos os anos, e está sendo investigada por propriedades anticancerígenas. Ela seria o primeiro tratamento universalmente disponível para a COVID em fase inicial — algo que toda família poderia manteràmão —, dando aos países de baixa renda uma ferramenta para combater o impacto desproporcional da doença sobre os mais desfavorecidos.

“Penso que há lições para todos nós em garantir que os nossos sistemas globais de testes clínicos sejam mais robustos e que, no futuro, estejamos prontos para realizar estudos de importância global como este”, enfatiza Lissner. “Não deveriam ser fundações pequenas como a nossa financiando estudos de importância global. Enquanto isso, espero que todo o esforço e as longas noites de trabalho deem resultados, e que clínicos do mundo todo prestem atenção: se dada para pessoas em alto risco, a metformina, uma droga extremamente barata que é prescrita todos os dias, pode reduzir pela metade os resultados negativos como a internação, as idas ao pronto socorro, e a morte”.

Mais detalhes sobre os resultados do estudo estão disponíveis no New England Journal of Medicine ou no comunicadoàimprensa do estudo COVID-OUT, da Universidade de Minnesota: https://med.umn.edu/news-events/covid-out-clinical-trial-suggests-metformin-effective-reducing-odds-serious-outcomes-covid-19-patients-seeking-early-treatment

Sobre a Parsemus Foundation (San Francisco): A Parsemus Foundation se dedica a gerar melhorias significativas no bem-estar e saúde humana e animal, fomentando pesquisas médicas inovadoras, mas negligenciadas. O foco da fundação é apoiar estudos de prova de conceito para, a seguir, buscar cobertura da imprensa sobre os resultados, garantindo que as melhorias venham a ter efeito na prática, em vez de desaparecerem na literatura científica.

Uma pequena e ágil organização sem fins lucrativos, a Parsemus Foundation conseguiu se reorientar durante a pandemia, passando de seus programas regularmente financiados para um novo foco no tratamento da COVID-19. Leia mais sobre a Parsemus Foundation e seu trabalho aqui: https://www.parsemus.org/humanhealth/covid-19/


Contato:

Linda Brent, 415-738-2211

[email protected]


Fonte: BUSINESS WIRE

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