Voltada aos pequenos e médios empreendedores da nova economia, a a55 é a mais nova filiada à Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD). Especializada na concessão de crédito baseado em receita recorrente sem a necessidade de garantias reais, a fintech opera por meio de um modelo que permite analisar dados que vão além do faturamento e transações bancárias, ajudando a identificar padrões de renda futuros.
"Ajudamos empresas a alavancar seu negócio por meio do crédito. Nosso público-alvo são clientes que possuem dados alternativos, como, por exemplo, empresas de Software as a Service, e-commerce e clubes de assinatura, o que nos possibilita fazer uma análise de crédito diferente daquela feita pelas instituições financeiras tradicionais, olhando de uma forma nova para o empreendedor", detalha Hugo Mathecowitsch, fundador e CEO da a55.
Fundada em 2017, a fintech já concedeu mais de R$ 400 milhões em recursos no Brasil e no México - país onde opera desde 2019 - e projeta alcançar neste ano a casa de R$ 1 bilhão acumulado. Atualmente, a a55 trabalha com duas modalidades principais: o crédito digital, seu produto principal, e o coinvestimento.
Na primeira delas, empresas com receita mínima de R$ 30 mil podem contratar linhas de crédito de até R$ 450 mil sem exigência de garantia real. Acima desse valor, um acordo trilateral entre a a55, a empresa solicitante e um agente de custódia da conta garante a operação, cujo prazo de pagamento é de até dois anos, com carência de até três meses, sendo recomendada para empresas que tenham pelo menos seis meses de vida.
Já o coinvestimento é direcionado para empresas que receberam aporte de investimento recentemente. A proposta é permitir que empreendedores aumentem o dinheiro disponível em caixa, sem precisar diluir o capital próprio, por meio de uma captação de recursos altamente eficiente e colaborativa. Com o mercado de venture capital aquecido, muita liquidez e um aumento exponencial no volume de aportes - ano após ano -, a a55 quer que os empreendedores entendam que o melhor momento para conseguir dinheiro barato e com boas condições de pagamento é exatamente quando estão capitalizados. A carência pode chegar até seis 6 meses, e o prazo de pagamento é de até dois anos.
Recentemente, a a55 realizou a primeira operação de crédito com uso de um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) no Brasil. De acordo com Mathecowitsch, a iniciativa tende a desenvolver mais o mercado de capitais brasileiro.
"Há alguns caminhos que poderiam melhorar consideravelmente o setor. O primeiro deles é trazer transparência para o mercado, sem precisar de intermediários para tal, o segundo é criar a facilidade para investidores de outros países acessarem o mercado. E o mercado descentralizado (DeFI) pode resolver tais problemas, uma vez que mantém uma excelente relação de transparência pelo blockchain e cria estruturas padronizadas que poderiam ser acessadas por investidores locais ou mesmo por aqueles dos Estados Unidos e Europa."
Para Claudia Amira, diretora executiva da ABCD, a chegada da a55 reforça o papel da entidade de reunir as mais relevantes fintechs do mercado. "A a55 tem um caráter inovador e disruptivo muito forte, o que tem total convergência com nossos objetivos como associação, de tornar o mercado de crédito mais inteligente, tecnológico, eficiente e inclusivo", afirma a executiva.
Informações sobre todas as associadas da ABCD estão disponíveis em https://creditodigital.org.br/membros-associados/.