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30/05/2016 às 21h02min - Atualizada em 30/05/2016 às 21h02min

PDT recua e mantém Sérgio Vidigal no partido

Século Diário

Como era esperado nos meios políticos do Estado, o deputado federal Sérgio Vidigal segue nas fileiras do PDT. O Diretório Nacional do partido se reuniu nesta segunda feira (30), no Rio de Janeiro, para analisar a punição aos seis parlamentares da sigla que se posicionaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no último dia 15 de abril, contrariando a orientação da bancada. 

Os membros do diretório consideraram o tamanho da bancada, que hoje tem 19 parlamentares. A expulsão de seis deputados federais traria prejuízos à representatividade do PDT na Câmara, o que afetaria tanto o tempo de TV da sigla quanto à fatia recebida referente ao Fundo Partidário. 

Além disso, o regimento interno prevê dois caminhos como punição: a expulsão ou o afastamento do partido. O secretário-geral do PDT, o ex-ministro Manoel Dias, defendia a expulsão dos "rebeldes", mas a maioria do diretório decidiu pelo afastamento. Com isso, o PDT estadual vai sofrer intervenção e Vidigal ficará afastado por 40 dias da presidência regional do partido. 

Em nota, o deputado se posicionou sobre a decisão do PDT. “ Foi sempre assim em toda minha trajetória de vida e na política. Há um mês, após ouvir meus eleitores, decidi votar a favor do impeachment da presidente Dilma. Não por ser a presidente ou o Partido dos Trabalhadores em particular. Votei contra as manobras fiscais que ferem a lei e contra a corrupção”, disse. 

O deputado reafirmou que sua decisão não foi movida pela contrariedade ao governo do PT. “Faria tudo novamente. Contra o PT ou contra qualquer outro partido. Contra os desmandos e em favor do povo brasileiro e do meu Estado”, afirmou.

Também na nota, Vidigal fala da pressão que sofreu por causa da decisão. “Por essa minha coragem, sofri ameaças, recebi pressões, perdi meu espaço na Executiva Nacional do partido. Mas mantive meu compromisso com a democracia. Continuo, com muito orgulho, na família PDT, partido de toda a minha história política”, disse.

Em entrevista a Século Diário, Vidigal destacou que o partido não pode influenciar no voto de seus parlamentares no voto do impeachment. Ele destacou também o direito à liberdade de consciência, que é inviolável. Lembrou ainda que o programa do partido não prevê a punição. Na entrevista, Vidigal disse que já havia apresentado a defesa escrita e oral no partido e acreditava na sensibilidade do diretório.

Com a decisão do PDT, o deputado federal fica livre para a disputa à prefeitura da Serra, onde deve novamente polarizar com o atual prefeito Audifax Barcelos (Rede). “Continuo ciente dos meus deveres e direitos como militante que sempre fui. Continuo no meu mandato de deputado federal. Estou livre para levar adiante um projeto para fazer a serra avançar, se este for o desejo da população da minha cidade”, afirmou. 

Vidigal vem liderando a corrida eleitoral na Serra e a expectativa do atual prefeito era ver seu principal adversário fora do jogo político. Com a decisão desta segunda do PDT Nacional, a expectativa do embate entre as duas principais lideranças do município, que se revezam há mais de duas décadas no comando da prefeitura serrana, segue um caminho de revanche na eleição de outubro. 


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