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18/07/2015 às 13h54min - Atualizada em 18/07/2015 às 13h54min

Estado do Espírito Santo perde 7 mil empregos em junho por causa da crise

No ano, 14 mil postos foram cortados; no país, já são 345 milNo ano, 14 mil postos foram cortados; no país, já são 345 mil

Gazeta Online

Junho foi mais um mês desastroso para o mercado de trabalho no Espírito Santo. Em 30 dias, os capixabas perderam 7.135 postos de emprego - foram 29.053 admissões contra 36.188 demissões. O resultado é o pior para os meses de junho já registrado desde o começo da série histórica, que teve início em 1992, e equivale a praticamente ao total de vagas (7.333) que já haviam deixado de existir nos demais cinco primeiros meses 2015.

Dessa forma, o Espírito Santo já contabiliza a extinção de 14.488 empregos formais no semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, esse número sobe para 17.093. A situação, entretanto, não é diferente no Brasil.

O país também registrou o pior junho dos últimos 23 anos, com 111.199 mil postos de trabalho fechados no período, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Com isso, o resultado de junho veio pior do que o esperado por analistas, que previam, pela mediana, o fechamento de 98 mil vagas no mês. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, foram fechadas 345.417 vagas com carteira assinada. Em 12 meses, o país já perdeu 601.924 postos de trabalho.

Setores

No país, a indústria foi responsável pelo maior corte de vagas no mês. Os dados revelam que 64.228 postos de trabalho foram perdidos no período. “O desempenho do setor da Indústria de Transformação originou-se da queda de todos os ramos, com destaque para: Indústria Metalúrgica (-9.027 postos), Indústria Mecânica (-8.841), Indústria de Material de Transporte (-8.822) e Indústria Têxtil”, informou o governo federal.
Já a construção civil cortou 24.131 vagas, enquanto os serviços perderam 39.130. No comércio, foram 25.585 vagas a menos. A agricultura foi o único setor a contratar no mês, no país, ganhando 44.650 vagas.
Regiões
De acordo com o Ministério do Trabalho, no recorte por regiões, só o Centro-Oeste teve abertura de vagas, com 3.508. Em todas as outras regiões, houve fechamento de postos de trabalho no mês de junho. O Sudeste registrou o pior resultado, com 57.294 vagas a menos. No Nordeste, foram cortados 18.589 postos, enquanto que o Sul e o Norte perderam, respectivamente, 30.828 e 7.996 vagas.
O emprego no conjunto das nove áreas metropolitanas pesquisadas registrou redução de 0,44%, ou perda de 73.259 postos de trabalho. Esse resultado foi oriundo da queda do nível de emprego em oito das nove áreas metropolitanas, principalmente em São Paulo. No interior desses aglomerados urbanos, o emprego registrou queda da ordem de 0,11% ou 15.757 postos a menos.
Emprego na indústria cai de novo
Pela quinta vez seguida, o emprego na indústria recuou. De abril para maio, a queda foi de 1%, a mais intensa desde fevereiro de 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando o recuo registrado foi de 1,3%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi ainda maior, de 5,8%.
No ano, o emprego industrial acumula baixa de 5% e, nos últimos 12 meses, de 4,4%. O contingente de trabalhadores recuou na maioria dos ramos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-11%), alimentos e bebidas (-3,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,9%) e produtos de metal (-10,6%). O número de horas pagas também diminuiu. Em relação ao mês anterior, a retração foi de 1,3%, e frente a maio de 2014, de 6,6%, acumulando, assim, reduções de 5,6% no ano e de 5,1% em 12 meses.
Agropecuária foi o setor mais afetado

 

A agropecuária liderou o ranking dos setores que mais recuaram no emprego, no Espírito Santo, em junho deste ano. Segundo dados oficiais do Ministério do Trabalha e Emprego, foram extintos 2.464 postos no mês apenas neste segmento da economia. O resultado, entretanto, destoa da realidade nacional, que em geral criou vagas neste setor.

Para se ter uma ideia, Minas Gerais teve um saldo positivo de 9.746 postos em razão de atividades relacionadas à agropecuária, enquanto que Mato Grosso registrou 3.602 novas vagas ligadas à agricultura.
De acordo com Alessandro Comper, superintendente do MTE no Estado, os números da agropecuária no Espírito Santo se devem a fatores sazonais, como o fim do período de colheita do café conilon. “Em relação aos demais setores, o Estado vem acompanhando a tendência do país. A exceção foi justamente na agropecuária, por questões sazonais”, afirma Comper.
O segundo setor que mais fechou vagas em junho foi o de serviços (-1.426), seguido pelo comércio (1.267) e a indústria de transformação (976). Chama a atenção, ainda, o resultado negativo da área de serviços industriais de utilidade pública, com 302 vagas extintas, e a de construção civil, com o recuo de 689 empregos em junho.


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