Com a chegada da COVID-19, a sazonalidade das doenças respiratórias infantis mudou e prontos-socorros de todo o país já se preparam para este novo cenário. “Estamos esperando um pico para setembro e outubro, o que não é característico. Geralmente isso acontece de março a junho na cidade de São Paulo, diz Dr. João Paulo Ripardo, Coordenador do Pronto-Socorro do Hospital Samaritano Higienópolis em São Paulo.
Esta alteração é reflexo do isolamento social, necessário e estipulado durante a pandemia. Com uma possível volta às aulas entre setembro e outubro no Estado de São Paulo, segundo o plano estadual de flexibilização da quarentena para regiões que estiverem na fase amarela, a tendência é que o fluxo esperado seja postergado para setembro e outubro.
Para este período, são esperadas – além da própria COVID-19, as síndromes gripais por outros vírus, que se manifestam principalmente com sintomas como: febre, tosse, coriza e espirros, além de outros sintomas respiratórios. Os hospitais já se preparam para receber esses pacientes com segurança. “O pronto-socorro infantil é separado do pronto-socorro adulto e o fluxo para pacientes suspeitos de Covid-19 é outro, com triagem diferente e setor de espera para os pais aguardarem seus filhos”, reforça o médico do Samaritano Higienópolis. Além disso, a telemedicina já é uma prática da unidade e há expectativa de maior demanda no período de volta às aulas, com equipe de pediatras de alta performance em plantão virtual, orientando os pais sobre a necessidade ou não da visita ao hospital. A opção de telemedicina está disponível no site do hospital Samaritano Higienópolis.
É importante, no entanto, estar atento aos casos graves com manifestações de dores abdominais fortes, febre alta e manchas pelo corpo. Algumas crianças com COVID-19 podem apresentar sintomas leves, mas outras podem apresentar algumas complicações em decorrência do Coronavírus. Uma delas é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, com manifestações clínicas semelhantes à Doença de Kawasaki.
Alguns cuidados devem ser observados no retorno das crianças às atividades, segundo a Dra. Simone Aguiar, pneumologista pediátrica do pronto-socorro infantil do Hospital Samaritano Higienópolis: