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19/05/2015 às 20h00min - Atualizada em 19/05/2015 às 20h00min

Popularidade de Casteglione em queda antecipa disputa em Cachoeiro

Século Diário

Consultado sobre uma fórmula de resolver os eternos problemas políticos de Cachoeiro de Itapemirim, o então governador Eurico Rezende fulminava: “Aterrar a cidade até o Itabira”.

A cidade não foi aterrada, e a sucessão para 2016 já está pegando fogo. O PV, sob o comando do filho do coronel político Abel Santana, o Abelzinho, atual vice-prefeito de Cachoeiro, se prepara para desfechar um ataque fulminante: quer a cassação do prefeito Carlos Casteglione (PT) com base no Decreto-lei 201, que prevê os crimes de responsabilidade do prefeito.  Isso tendo em vista a recente condenação do prefeito, por improbidade administrativa, em dois processos.  
 
Evidente que não é só isso. Com o suposto afastamento do prefeito, que vive o seu pior momento político, com índices assustadores de impopularidade, Abelzinho assumiria a prefeitura e iniciaria a campanha de sucessão, já que é candidato em potencial.  
 
O partido se reuniu na Câmara para vislumbrar todas as possibilidades de êxito para desfechar o processo. O desgaste do prefeito é um processo acelerado com grande repercussão dentre os vereadores que o apoiam na Câmara Municipal, mesmo dentro do PT. 
 
O deputado Rodrigo Coelho (PT), por exemplo, que seria candidato natural do prefeito, pretende mudar de sigla. Só assim se livraria do esgotamento do PT nacional e da péssima administração de Casteglione. Em Cachoeiro, o deputado preserva a imagem do bom moço, mas já foi secretário da Administração petista. Rodrigo sugere ao eleitorado que é candidato do governador Paulo Hartung (PMDB) à sucessão municipal. 
 
Esse mesmo espaço é disputado pelo vereador professor Léo (PT). Foi, até poucos dias, secretário de Ação Social do prefeito Casteglione. Mas começou a campanha para prefeito desde o término da última eleição para vereador, quando alcançou 2.173 votos - o mais votado.  Assim que notou o desgaste da administração de Casteglione, voltou para a Câmara, onde vive um silêncio próprio do momento petista. 
 
De outro lado, o pastor deputado Marcos Mansur (PSDB), embora em declarada campanha, diz esperar uma definição do deputado Theodorico Ferraço(DEM). “Se ele for candidato, eu não serei”, confessa a confidentes. Sim, e o deputado Ferraço? 
 
As pesquisas de rua dão conta que é o favorito indiscutível, pois joga no fracasso da administração Casteglione, que a essa altura parece irreversível.  Questionado, usa o velho e surrado ditado da época do governador Lacerda de Aguiar: “Manso como a pomba e prudente como a serpente”.  O que pode ser traduzido como: “Quero encerrar minha carreira política como prefeito de Cachoeiro, desde que não corra qualquer risco”. 
 
Haveria outros nomes? Sim. O velho político José Tasso, que já foi prefeito, tenta se safar dos inúmeros processos nos quais se envolveu no governo de José Ignácio. Surpresas? O ex-governador Renato Casagrande fustiga o vereador Alexandre Bastos, do PSB.
 
O irmão de Glauber Coelho, Jader, criou uma ONG com o nome do deputado para resgatar o patrimônio eleitoral do irmão. Mas é só. A cidade, eleitoralmente, ainda não está submersa, como queria o governador Eurico Rezende. 


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