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17/08/2020 às 09h29min - Atualizada em 17/08/2020 às 09h33min

Atendimento Odontológico em tempos de COVID-19: o que mudou?

Nesse momento, o dentista precisa seguir o manual de condutas e treinar o ASB – Auxiliar de Saúde Bucal - ou o TSB – Técnico de Saúde Bucal.

DINO
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Há cinco meses o mundo foi surpreendido pela pandemia de COVID-19. Uma zoonose causada pelo vírus SARS-CoV-2 e que tem feito com que os profissionais de saúde repensem sobre o controle de infecção. 

No consultório odontológico, segundo a cirurgiã-dentista, Carolina Chagas Martins, há uma preocupação ainda maior devido aos aerossóis gerados durante o atendimento clínico e a transmissão do vírus por aerossóis é alta.  “Muitas adaptações já deveriam estar sendo feitas pelos dentistas independentemente da pandemia. O dentista que não tinha o mínimo de biossegurança não conseguirá colocar em prática essa nova rotina no dia a dia”.

Além dos EPIs – Equipamento de Proteção Individual - como avental e a máscara N-95, Martins afirma que existem passos para um atendimento com o objetivo de minimizar ainda mais o risco de infecção.

“Pouca coisa mudou. O processo de controle de infecção, sobretudo em biossegurança, o processamento do material, a cadeia asséptica, como limpeza e desinfecção de todas as superfícies, isso já deveria estar sendo feito há muito tempo, afirma a profissional e completa “A diferença é que antes o protocolo de controle de infecção não era seguido como deveria. Infelizmente, menos de 5% dos profissionais cumpriam com os protocolos de desinfecção do consultório e esses dentistas foram os que se adaptaram rapidamente”.

O dentista precisa seguir o manual de condutas e treinar o ASB – Auxiliar de Saúde Bucal - ou o TSB – Técnico de Saúde Bucal. Carolina aconselha que o próprio cirurgião-dentista tenha o manual de condutas independentemente da pandemia de coronavírus.  “Esse manual requer uma série de quesitos: não é apenas trocar o EPI, não é apenas usar o termômetro de testa, é todo um protocolo que já deveria ser uma prática habitual nos consultórios para evitar a infecção cruzada, como lavar as mãos adequadamente", afirma.

A cirurgiã-dentista alerta que esses procedimentos fazem parte de um processo imprescindível, no sentido de entender a importância de implementar o controle de infecção. “É algo essencial e obrigatório - caso contrário, o dentista será contaminado e transmitirá doenças para os seus pacientes. Não é um momento para desanimar, mas um momento necessário para revermos os nossos processos”.

Como profissionais da saúde, afirma Carolina, além dos procedimentos do consultório é preciso adotar novas práticas não apenas antes, mas também durante e após o atendimento. “O profissional precisa diminuir os riscos de infecção durante o atendimento como, por exemplo, após o bochecho asséptico com clorexidina para diminuir a carga viral salivar, deve-se usar sugador de alta potência evitando o uso da cuspideira, além de priorizar o isolamento absoluto. Após o atendimento, deve-se facilitar a ventilação, higienizar as superfícies adequadamente e também higienizar o chão com solução de 250 ml de hipoclorito de sódio (água sanitária) para cada 750 ml de água e aguardar um intervalo de 40 minutos a uma hora para atender o próximo paciente. É importante lembrar que os espaços que no passado não apresentavam riscos, como a sala de espera, durante a pandemia deverá ser apenas um local de passagem”, finaliza a dentista.

 



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