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01/05/2015 às 18h17min - Atualizada em 01/05/2015 às 18h17min

Médica pediatra é brutalmente assassinada em Cachoeiro; marido é suspeito

Clícia Regina Alcântara foi agredida principalmente na região da cabeça. Crime aconteceu dentro da casa da vítima

Gazeta Online

Uma médica pediatra de 48 anos foi brutalmente assassinada, na madrugada desta sexta-feira (01), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. Clícia Regina Alcântara foi agredida fisicamente, principalmente na região da cabeça.

De acordo com informações da Polícia Militar, o crime aconteceu por volta de 1h, dentro da casa da vítima, no Bairro Amarelo. O principal suspeito é o marido de Clícia, que fugiu em seguida.

 
Natural do Rio de Janeiro, a médica morava com a família há 14 anos em Linhares. Ela trabalhava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Infantil São Francisco de Assis (HIFA), em Cachoeiro, e estaria de plantão nesta sexta.
 
Familiares contaram que Clícia e o marido estavam juntos há sete anos. Ele morava em Jaguaré, no Norte do Estado, mas o casal se conheceu em Linhares.

Colegas de trabalho, que preferiram não se identificar, relataram que ela era uma ótima profissional. "Ela era um doce, muito risonha. Passava torpedos de palhaçada. Era uma excelente pessoa”, disse um colega.

O corpo da pediatra foi encaminhado para o Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim e será velado, entre 19h30 e 20h30 desta sexta (01), na capela do Bairro Coronel Borges, em Cachoeiro. Em seguida, será levado para Linhares, onde será sepultado no jazigo da família, na manhã de sábado (02).

Marido avisou amigo sobre crime
De acordo com o boletim de ocorrência, o marido de Clícia teria ligado para um amigo contando que brigou com a esposa e bateu nela. O amigo chamou a polícia, e os policiais, que chegaram ao local por volta de 1h, tiveram que arrombar a porta do apartamento do casal para entrar.

Ainda de acordo com o boletim, o corpo da médica foi encontrado sem marcas de tiros ou facadas, mas com sinais de agressão, inclusive na cabeça. Estilhaços de vidro ficaram espalhados pela casa.

Classe médica de luto
Clícia formou-se em 1992 na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), em Vitória. Em seguida, fez residência em Pediatria no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, também na Capital.

O médico José Cardia, que já foi diretor do Hospital Rio Doce, em Linhares, contou que a pediatra havia trabalhado na instituição hospitalar e estava retornando. "Ela trabalhava como intensivista, e tinha saído há pouco mais de um ano, quando a Utin foi fechada. Insistimos para que ela retornasse. Ela era uma médica maravilhosa. A classe médica hoje está consternada, de luto".

Por meio de nota, o Hospital Infantil São Francisco de Assis relatou que Clícia será lembrada por seu profissionalismo, sua amizade, seu carisma e por sua notória simplicidade e ética na atenção aos pacientes, amigos e colegas de trabalho.

Família
A pediatra deixa um casal de filhos. A menina, de 18 anos, mora em Linhares com o avô paterno, o militar aposentado Calmon Gomes de Alcântara, de 74 anos. Já o menino, de 19, estuda e mora em Vila Velha, na Grande Vitória.


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