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18/04/2015 às 15h39min - Atualizada em 18/04/2015 às 15h39min

Espírito Santo vai investir R$ 1 bilhão para evitar falta d´água

"Temos que ter o cuidado com a água desde a sua nascente, abastecimento até a devolução do esgoto à natureza", disse o secretário Paulo Ruy Carnelli

Folha Vitória
Paulo Ruy esteve com técnicos do Banco Mundial que deverá investir cerca de R$ 700 milhões (Foto: Divulgação/Governo)

Em seis anos, o  Espírito Santo pretende implantar o Programa de Gestão Integrada das Águas e da Paisagem. Para tirá-lo do papel será necessário um investimento no valor de R$ 1 bilhão. Uma parte deverá ser liberada pelo Banco Mundial. Nesta sexta-feira (17), uma comissão de 10 técnicos esteve no Espírito Santo para discutir a preparação e o planejamento executivo. 

Para receber o valor superior a R$ 684 milhões, o Estado tem que oferecer uma contrapartida de R$ 300 milhões com elaboração do Plano de Bacias Hidrográficas, implantação de uma rede de monitoramento hidrológico, mapeamento de águas do subsolo, e melhor uso do solo com o reflorestamento.

“Estamos próximos de assinar o contrato. O projeto é integrado. Temos que ter o cuidado com a água desde a sua nascente, abastecimento até a devolução do esgoto à natureza. Vamos focar no tratamento da água em Vila Velha, Cariacica e na região do Caparaó. Ao longo desses municípios, devemos apresentar o reflorestamento, mas também temos que ter uma ação integrada de manejo do solo, usar a irrigação de forma controlada, evitar a sedimentação dos rios”, explicou o secretário de Transportes e Obras Públicas, Paulo Ruy Carnelli.

Segundo o secretário, estas são ações que devem acontecer de forma integrada. A Secretaria de Agricultura vai atuar conjuntamente com a Secretaria de Meio Ambiente, com a Cesan, Incaper, entre outros.

A operação de crédito externo que autoriza o contrato entre o Banco Mundial e o Governo do Estado foi aprovada pelo Plenário do Senado, em setembro de 2014. 

Segundo Paulo Ruy Carnelli, a apresentação do projeto e o início do trabalho de conscientização de produtores rurais fazem parte do programa.

“Em três anos pretendemos estar com o programa funcionando. Este é um programa que deverá ser contínuo”, explicou Carnelli

Na opinião do secretário, o Espírito Santo sentiu os efeitos da crise hídrica de forma mais branda que os outros estados como São Paulo e Minas Gerais.

“O Espírito Santo sentiu a crise, mas não como foi em São Paulo e até Minas Gerais. Tudo porque já trabalhamos nesse programa”, justificou Paulo Ruy.

O programa acontecerá em áreas estratégicas, urbanas e rurais. Há investimentos programados para as seguintes atividades:

•    Proteção e recuperação dos mananciais por meio de ações de fortalecimento da gestão hídrica;
•     Recuperação da cobertura florestal com a promoção de práticas sustentáveis de manejo da terra;
•    Ampliação da cobertura dos serviços de esgotamento sanitário;
•    Melhoria da eficiência do abastecimento de água;
•    Elaboração de plano diretor metropolitano de manejo de águas urbanas;
•    Gestão integrada de risco de desastres, incluindo a melhoria da capacidade de resposta do Estado aos eventos extremos da natureza.

O Programa é de abrangência estadual nos aspectos de planejamento e gestão dos recursos hídricos e também de gestão de risco, com ações específicas para as seguintes áreas de atuação:
•    Na gestão de águas urbanas, na região Metropolitana da Grande Vitória;
•    Na gestão de mananciais e recuperação da cobertura florestal, nas bacias dos rios Santa Maria da Vitória e Jucu e Região do Caparaó e Adjacências;
•      No saneamento ambiental em Vila Velha, Cariacica, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Marechal Floriano, das bacias dos rios Santa Maria da Vitória e Jucu, além de municípios da Região do Caparaó, especificamente, Dores do Rio Preto, Divino São Lourenço, Irupi, Iúna, Ibatiba e Conceição do Castelo.


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