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08/04/2015 às 14h10min - Atualizada em 08/04/2015 às 14h10min

Seca causa prejuízo de R$ 26 milhões em Presidente Kennedy

Coordenadoria de Comunicação - PMPK
O gado sofre com a seca (Foto: divulgação/PMPK)

A prolongada estiagem em Presidente Kennedy levou a Prefeitura a decretar situação de emergência no município. O Decreto foi publicado no dia 18 de março. Em um ano, cerca de R$ 26 milhões deixaram de circular e sete mil produtores, mais de 2/3 da população,  foi prejudicada, já que 70% dos habitantes mora na zona rural.

Embora a Prefeitura tenha a distribuído no ano passado a 437 produtores de gado de leite e corte cerca de 20 mil toneladas de cana de açúcar e 4.800 sacos de ração farelada, a situação dos criadores é crítica.

A falta de chuva provocou a seca de nascentes e rios, o que levou a Prefeitura a lançar o Projeto Olho D´Água, que prevê a recuperação/preservação de nascentes e rios, e  a execução de ações variadas de apoio ao produtor rural.

Entre elas a abertura/reabertura de 350 poços semi artesianos, a construção de cisternas, recuperação/reflorestamento de 1.200 nascentes, a construção de pelo menos 1.200 barragens /açudes, a intervenção mecanizada e disponibilização de sementes, calcário e superfosfato para recuperação de 13.000 ha de pastagens e a intervenção mecanizada para preservação de água através de caixa seca e caixas em curva de nível em todas as propriedades do município.

Desde o ano passado ações para minimizar os efeitos da seca já vinham sendo implementadas. São elas:

- Abertura/reabertura de 910 poços/bebedouros para dessedentação animal com demanda de 3,0 horas em média por bebedouro,  com custo total de R$ 300.300,00;

- Distribuição de aproximadamente 20.000 toneladas de cana de açúcar a 437 pecuaristas ao custo de matéria prima, corte, embarque e transporte, com custo total de R$ 2.800.000,00;

- Transporte de mais de 950 toneladas de silagem de municípios como Venda Nova do Imigrante e Afonso Cláudio, ao custo de R$ 65.500,00;

- Distribuição mensal de 4.800 sacos de ração farelada balanceada com 22% de proteína, (no mês de fevereiro foram distribuídos 7.000 sacos) com valor atualizado de R$ 2.000.000,00;

- Disponibilização de máquinas e equipamentos para produção de 2.500 toneladas de silagem diversas ao custo de R$ 200.000,00;

 

Queda na produção

A seca  já comprometeu a produção agropecuária, levando à queda na colheita de mandioca(40%), abacaxi(30%), cana-de-açucar(70%), leite(50%) e carne bovina(92 arrobas). Esses produtos representavam 83% da arrecadação municipal.

“A renda de 89,7%  dos agricultores familiares, que têm na agropecuária a base econômica para o sustento de suas famílias, caiu drasticamente, informa Josélio  Altoé, secretário de Agricultura.

É o caso do produtor familiar Valmir da Silva, que tirava uma média diária de 80 litros de leite e hoje consegue encaminhar à cooperativa no máximo oito litros/dia. Além da queda na produção de leite, já morreram seis vacas do seu rebanho, algumas financiadas que ainda não foram pagas.

“ Tenho 52 anos , nasci e fui criado aqui e nunca vi uma seca dessas. A gente recebe uma ajuda grande da Prefeitura, mas a que pode salvar nosso rebanho é a ajuda que vem do céu, a chuva”. Valmir diz que tem mais quatro vacas com risco de morte por desnutrição.

Josélio Altoé alerta que essa seca vai impactar os rebanhos do próximos nos. “As vacas não entram no cio e não teremos novas crias. A situação é preocupante”. 

 

Alternativas para a cana-de-açucar

Outra cultura que apresentou queda drástica na produção foi a cana-de-açucar, usada também na alimentação bovina. A Prefeitura já está recorrendo a outros municípios para adquirir o produto  e buscando alternativas para substituí-la pelo feno, já que em algumas propriedades do município a perda no canavial é superior a 90%.

É o caso do produtor Vander Machado Ferreira, que perdeu praticamente a maioria dos 50 hectares plantados. “ A colheita anual aqui sempre foi entre 13 e 15 mil toneladas/ano. Esse ano vamos chegar no máximo a mil toneladas. O prejuízo é incalculável”.  

Josélio diz que nos três primeiros meses de 2015 era esperado um volume de chuvas aproximado de 400 ml, mas houve apenas 50 ml.  “ A Prefeitura continua firme e forte no propósito de dar total apoio ao produtor rural, agilizando as ações previstas no Projeto Olho D ´Água”.


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