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01/05/2020 às 08h53min - Atualizada em 01/05/2020 às 08h53min

"Não vejo as pessoas preparadas para lockdown", diz Casagrande sobre adoção da medida no ES

Governador, no entanto, demonstrou preocupação com a atual taxa de isolamento social no estado, que está em 46%

Da Redação

O governador Renato Casagrande demonstrou preocupação com o isolamento social no Espírito Santo. Durante coletiva, na noite desta quinta-feira (30), Casagrande voltou a destacar a importância de as pessoas diminuírem a interação física entre elas, sob pena de os casos de coronavírus dispararem ainda mais no estado.

Além disso, a falta de distanciamento social entre as pessoas pode fazer com que o governo reveja a autorização para que o comércio em todo o Espírito Santo volte a funcionar completamente a partir de segunda-feira (4). Segundo o governador, essa decisão só será tomada no sábado (2).

O Governo do Estado considera que, para o retorno da atividade comercial, a taxa de isolamento esteja acima dos 50%. No entanto, segundo Casagrande, esse índice hoje é menor.

"O isolamento social, que já chegou a 60% no estado, está em 46%. Nós temos dois acompanhamentos. A empresa In loco faz para nós, de graça, esse acompanhamento diário, e as operadoras de telefonia todas também prestam esse serviço gratuito para nós. Esses dois acompanhamentos nos dão o índice de 46% de isolamento", informou o governador.

"É um isolamento que caiu. Não é o pior do Brasil, mas está na média do país. Então a gente precisa crescer um pouco mais o isolamento para poder salvar mais vidas e administrar o sistema de saúde", completou Casagrande.

Questionado sobre a possibilidade de o Governo do Estado adotar o lockdown, medida extrema que prevê o bloqueio total das atividades e a proibição da entrada e saída de pessoas de determinada região, o governador afirmou que espera que o Espírito Santo não chegue a esse ponto, mas não descartou completamente a possibilidade.

"O lockdown, de fato, é fechar todas as indústrias, todos os serviços e todo o comércio, menos supermercados e farmácias. É você proibir as pessoas de saírem de casa. Pode ser que a gente chegue nisso, mas espero que a gente não precise chegar nesse nível de radicalização", afirmou Casagrande, que também questionou se a medida surtiria efeito no Espírito Santo.

"O lockdown não vem se as pessoas não estiverem preparadas. Eu não vejo as pessoas preparadas para lockdown. O governo pode decretar lockdown hoje e as pessoas não cumprirem. As pessoas ainda não estão com medo da pandemia, com medo suficiente para mantê-las em casa. O lockdown tem o tempo certo, se for necessário, mas eu espero que não seja necessário. O tempo certo só chega quando o desastre chega junto. E é preciso que a gente evite o desastre", ressaltou.


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