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12/08/2019 às 07h23min - Atualizada em 12/08/2019 às 07h23min

Empresa investigada na Operação Rubi participa de licitação em Marataízes

Tribuna Online
 

Investigada na Operação Rubi, que levou à prisão a ex-prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (sem partido), e mais seis pessoas, em maio deste ano, a empresa Limpeza Urbana Ltda concorre com outras 15 à licitação para limpeza pública do município de Marataízes, no Sul do Estado.

Em maio,  o dono da empresa, Marcelo Marcondes, chegou a ser preso na casa da prefeita. Com ele, foram apreendidos R$ 33 mil, que, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), seriam destinados ao pagamento de propina à prefeita e ao marido dela, José Augusto Rodrigues de Paiva.

Após a delação, o empresário deixou a cadeia e atualmente cumpre prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica. Os funcionários da empresa, sediada em Marataízes, foram desligados, após a deflagração da operação.

O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) relatou, em nota, que, “apesar da investigação e da denúncia ajuizada pelo MP-ES em relação ao caso, a empresa não está inabilitada formalmente para novas concorrências, vez que ainda não foi imputada fraude licitatória, mas atos de corrupção”.

A operação investiga indícios de superfaturamento de cerca de R$ 150 milhões em serviços de limpeza urbana e transporte público nas cidades de Presidente Kennedy, Marataízes e Piúma, entre 2013 e 2018.

Também por nota, a Prefeitura de Marataízes informou que “nessa fase da Operação Rubi não há impedimento legal para que a empresa participe de procedimentos licitatórios em órgãos públicos”.

A empresa preferiu não se manifestar sobre a licitação. Porém, fonte próxima ao empresário Marcelo Marcondes diz não haver irregularidades no processo.

Processo trabalhista

Trabalhadores que, após a deflagração da Operação Rubi, perderam o emprego têm reclamado de descaso por parte da empresa Limpeza Urbana Ltda em relação a pagamentos de rescisão, tíquetes-alimentação e salários atrasados. Alguns deles recorreram à Justiça.

Segundo o ex-supervisor administrativo da empresa Junieverson Meireles, a promessa é de que, se a empresa vencer a licitação, ela vai acertar as dívidas trabalhistas.

“Trabalhei por cinco anos na empresa. Durante esse período, não recebi férias e ainda estão me devendo o tíquete e a rescisão. Isso tudo de um período de quatro anos e sete meses. O fim do contrato aconteceu no dia 25 de julho e, até hoje, nada”, contou.

Ele relata que, nos últimos dias, vários ex-empregados compareceram à empresa em busca de acordo, mas não tiveram êxito.

“A empresa não dá baixa na carteira, não atende ao público. Nada! Tem pessoas passando necessidade. Mas elas não vão falar, se sentem coagidas”. Procurada, a empresa não se pronunciou.


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