No entanto, o deputado do PSL faz uma ressalva: “Só vamos fazer se não for atrapalhar acordos com outros partidos."
"Não vou fazer aventuras, como não fizemos na comissão especial. Quando defendemos as categorias de segurança pública é porque realmente achamos justo. Mas, infelizmente, não podemos atender se isso for comprometer a votação. Não podemos colocar em risco a Previdência por causa de um segmento, seja ele qual for", argumentou Major Vitor Hugo.
O líder do governo disse que terá uma série de conversas para contar os votos em plenário. E também que a mudança de eixo da articulação política, que saiu das mãos do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) para o titular da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
General de Exército e amigo do presidente da República, Ramos tomou posse no primeiro escalão nesta quinta (4). Ele vai ajudar nas negociações para aprovar a reforma previdenciária no Congresso Nacional.
Questionado sobre se o governo já tem votos suficientes para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) no plenário principal da Câmara, Major Vitor Hugo disse que ouviu uma estimativa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o Planalto tem cerca de 340 votos. Para aprovar a PEC, são necessários os votos de 308 deputados.
Na avaliação do líder do governo, as negociações na comissão especial foram um "laboratório" para o plenário.
"Daqui até terça-feira, tem muita coisa para acontecer. Estamos discutindo o que pode ter de mudança, até porque o custo para o deputado da área que votou contra o pleito da segurança pública é muito alto. Mas só faremos se for uma jogada combinada, para não prejudicar acordos", enfatizou.