O Distrito Federal terá nas eleições desde ano o maior número de candidaturas femininas por vaga na Câmara dos Deputados. Serão 76 postulantes para uma bancada de oito parlamentares – ou, na média, 9,6 por vaga.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o término do prazo para registro de candidaturas, em 15 de agosto, indicam 3.543 candidaturas femininas para a Câmara dos Deputados.
A Emenda Constitucional 111 estabelece incentivos para a eleição de mulheres e homens negros na Câmara. Os votos nos dois grupos contarão em dobro para a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral entre os partidos a partir de 2023.
Somadas, as candidaturas negras masculinas e femininas para a Câmara serão 1.421 em outubro. A Bahia terá a maior proporção de nomes nessa disputa, com 4,6 candidaturas negras para cada uma das 39 vagas na bancada estadual.
As candidaturas femininas neste ano representam 35% do total para a Câmara. Dos quase 10,3 mil postulantes, 416 declararam “deputado” ou “deputada” como ocupação principal. Nesse grupo, segundo o TSE, 62 são mulheres, ou 15% do total de candidaturas – mesmo percentual de eleitas para a Câmara em 2018.
Outras ocupações que se destacam entre todos os candidatos à Câmara são as de empresário, advogado, servidor público e professor. As candidaturas femininas nesses casos correspondem, respectivamente, a 26%, 32%, 32% e 44%.
Entre as candidatas à Câmara, 33% estão na faixa de 41 a 50 anos de idade, e 26% de 51 a 60 anos. A maior parte delas (58%) declarou à Justiça Eleitoral ter concluído o ensino superior. As casadas são 39% do total, e as solteiras, 38%.
Unidade Popular, registrado no TSE em 2019, é o partido com maior proporção de candidaturas femininas (71%) à Câmara, sendo 12 no total de 17 na legenda. Já o Republicanos terá 174 candidatas mulheres, o maior número entre todos.