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16/02/2018 às 10h39min - Atualizada em 16/02/2018 às 10h39min

Mulher diz que foi atacada por tubarão em praia de Vitória

Biólogo diz que hipótese não pode ser descartada e que o bicho pode ter sido atraído pelo sangue dos peixes que a vítima lavava no mar

G1 ES

 

Uma mulher precisou levar 38 pontos no pé direito após ter sido atacada por um animal na água do mar em Vitória, próximo da ilha do Boi. O caso aconteceu no domingo (11) e ela acredita que possa ter sido um tubarão. O biólogo Flávio Coelho viu imagens da mordida e disse que a hipótese não deve ser descartada, mas que não é motivo para pânico nas praias.

Rosilda contou que foi a dor mais forte que já sentiu. "Eu achei que ia morrer, foi muita dor. Minha boca ficou seca, deu muita sede na hora, e só consegui pedir socorro. Não vi o que estava me mordendo, mas Deus me deu a força de ainda conseguir tirar fora e sair correndo", contou.

Ela contou que antes do ataque, estava sentada em algumas pedras próximo de uma praia na Ilha do Boi, na capital, e lavava alguns peixes que haviam sido pescados pela família. Segundo Rosilda, a água do mar não passava da altura do joelho dela.

"Foi logo uma bocada. Eu senti o bicho balançando a cabeça mordendo a minha perna. Não vi o que era, só percebi que era meio 'raspienta' a pele", relatou.


Rosilda estava no local com as noras e os netos. O marido e os filhos estavam mais longe, perto da Terceira Ponte, onde ainda pescavam mais peixes. O esposo Jailson Rodrigues contou que pesca no local desde os 13 anos de idade e que também costumava nadar nas proximidades. Ele ficou impressionado com o que aconteceu.

"Até então, logo que eu cheguei, achei que tinha sido alguma enguia, caramuru. Mas depois que o médico mexeu, fez a limpeza, os pontos, ele me chamou e disse que poderia ser uma mordida de cação", contou.

O biólogo Flávio Coelho, da Prefeitura de Vitória, disse que é difícil confirmar que o ataque tenha sido feito por um tubarão e também que não há registros de casos desse tipo na região, mas que a hipótese não deve ser descartada. Ele analisou imagens da mordida no pé de Rosilda.

"A gente tem que entender é que o mar é um ambiente contínuo, não tem barreiras para os animais continuarem se movimentando. Da mesma forma que a gente vê pinguins, golfinhos, baleias chegando na costa, tubarões também podem estar. Haja vista a gente sempre ver pescadores pegando cações. Não dá para descartar que tenha sido um pequeno tubarão, até porque ele teve um convite, que foi o sangue dos peixes que estavam sendo lavados", disse.

Mesmo assim, segundo ele, não há motivo pra pânico nas praias da Grande Vitória. "A presença do sangue, das vísceras levou a esse acidente, mas via de regra, não somos presas de tubarão. Eles não enxergam a gente como comida, preferem peixes, outros animais com gordura interessante para eles", explicou o biólogo.

Ele informou que vai até a casa da vítima para analisar de perto o ferimento. Enquanto se recupera, do susto e da dor, Rosilda disse que só pensa em uma coisa: "Ainda bem que ele não pegou a minha mão, que foi meu pé. E também agradeço por estar viva e poder contar essa história para vocês", finalizou.

 


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