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10/01/2018 às 09h55min - Atualizada em 10/01/2018 às 09h55min

Audiência de conciliação da Itapemirim termina sem acordo

Objetivo era escolher um nome para administrar a companhia até a assembleia de credores

Gazeta Online

Uma audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (9) colocou cara a cara o atual sócio da Viação Itapemirim, Sidnei Piva de Jesus, e os antigos controladores, Camilo Cola Filho e o fundador da empresa, Camilo Cola. Apesar da tentativa do juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes de chegar a um consenso quanto a um nome para administrar a companhia até a assembleia de credores, não houve acordo.

A audiência foi designada após uma decisão do magistrado em dezembro, que destituiu da gestão da empresa os atuais sócios Sidnei e Camila Valdivia.

Estiveram presentes na sala, ainda, o atual gestor e interventor da empresa, o administrador judicial da recuperação da Itapemirim João Manoel Sousa Saraiva, e o advogado Oreste Laspro, que representou Camila Valdivia, além de outros advogados.

A Viação Itapemirim, junto com outras empresas do grupo, está em recuperação judicial desde março de 2016. A assembleia de credores, um momento em que aqueles que têm a receber da empresa aprovam um plano para saneamento das dívidas, ainda não foi marcada.
Na audiência, os Cola apresentaram os nomes de Andrea Corrêa Cola, neta de Camilo Cola, e José Valmir Casagrande para gerirem a empresa, o que não foi aceito pelos atuais controladores. Por sua vez, eles indicaram o escritório Arnoldo Wald Advogados para a gestão, o que também não foi aceito. Não houve, portanto, acordo.

Intimação

Após a apresentação dos nomes, o advogado dos controladores da Itapemirim entregou a Camilo Cola uma notificação de um procedimento arbitral relacionado à disputa entre os antigos e atuais sócios sobre a venda das empresas. Ele ainda pediu a Cola e a Filho que informassem seus endereços para receber intimações.

Em seguida, o advogado de Camilo Cola informou que eles não aceitariam o documento e disse que não informariam seus endereços. A audiência foi, então, encerrada.

Segundo o advogado da Viação Itapemirim, Gustavo Bayerl, a audiência foi, no entanto, “tranquila”. “As próprias partes não levaram nomes isentos, e assim ficou inviabilizado o consenso”.

O sócio da Viação Itapemirim, Sidnei Piva, disse que a audiência “não tinha nenhum sentido”. “A família Cola, no meu entender, não faz parte da recuperação. Continuamos sendo donos da empresa e vamos torcer para que ela seja bem cuidada até o nosso retorno, em breve. Mas foi um prazer rever seu Camilo, é uma pessoa que sempre gostei. Ele está sendo induzido a isso.”

Através da assessoria de imprensa, Camilo Cola informou que “confia no Poder Judiciário e irá aguardar a decisão da Justiça em relação ao caso”.

O administrador judicial João Manuel de Sousa Saraiva, que é interventor na empresa, foi procurado por telefone, e-mail e WhatsApp mas não atendeu as ligações nem deu nenhum retorno às solicitações da reportagem.

JSL participou da audiência

Advogados de um dos credores, a JSL Locação de Máquinas e Veículos Pesados, estiveram na audiência participando como ouvintes. A JSL é dona de cerca de 34 ônibus que estavam alugados para a Itapemirim, alvos de uma ação de reintegração de posse.


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