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17/11/2016 às 12h49min - Atualizada em 17/11/2016 às 12h49min

Espírito Santo tem potencial para utilizar água subterrânea

Regionalmente, estudos comprovam que o Espírito Santo é considerado um Estado rico em abundância de água subterrânea

AgroLink

A potencialidade da água subterrânea, vantagem comparativa de seu uso em termos de custo, captação, tratamento e utilização em terras agrícolas foram debatidos durante o seminário sobre o uso de águas subterrâneas e os avanços tecnológicos na área de irrigação, promovido pelo Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do ES (SENAR-ES) e Sindicatos Rurais, procurando orientar o setor diante do atual cenário de seca que a agricultura capixaba enfrenta.

Regionalmente, estudos comprovam que o Espírito Santo é considerado um Estado rico em abundância de água subterrânea, sendo uma boa perspectiva para seu uso na agricultura capixaba, desde que executada com cuidado e por profissionais habilitados. Os municípios que apresentam melhores potenciais são Linhares, São Mateus, Jaguaré, Sooretama, Anchieta, Itapemirim e Presidente Kennedy.

O geólogo e professor da Universidade Federal de Itajubá–MG, José Augusto Costa Gonçalves, palestrou sobre o tema e apresentou o potencial da água subterrânea existente na zona saturada do solo, que tem temperatura e sais diferentes, e capacidade maior que o volume de águas superficiais.

“As condições geológicas e hidrogeológicas mostram que é perfeitamente viável a utilização dos mananciais subterrâneos para um eficaz e eficiente abastecimento público da população capixaba. Mas os produtores devem ficar atentos em relação aos locais que os poços tenham sido ou serão construídos para saber se dentro dos critérios e normas que regem este tipo de construção, pois poços mal construídos podem desabar, os revestimentos serem rompidos e os filtros obstruídos”, contou o geólogo.

 

Irrigação 

Contando com palestras sobre a “Análise Comparativa de Manejo e Sistemas de Irrigação”, com o presidente da Sociedade Espíritossantense de Engenheiros Agrônomos (Seea), Geraldo Antônio Ferreguetti, e “Potencial de Uso das Águas Subterrâneas no Estado do Espírito Santo”, com o professor da Universidade Federal de Itajubá–MG, José Augusto Costa Gonçalves, diversas possibilidades para a implantação desse sistema no Estado foram apresentadas e dúvidas esclarecidas. 

O engenheiro agrônomo e o presidente da Saae, Geraldo Antônio Ferreguetti, levou dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em relação à irrigação no Estado. Segundo o Incaper, o Espírito Santo apresenta um déficit hídrico em 2016, equivalente a um ano inteiro de chuvas. E o estado é considerado o que mais irriga, portanto, a eficiência do setor agro depende muito da irrigação, pois a produtividade está baseada nessa ação. 

Ao palestrar sobre os sistemas mais viáveis e rentáveis de irrigação e preservação de água, Ferreguetti contou que “atualmente, a principal forma de reservar água é a construção de barragem, pois é o caminho mais curto e imediato para resolver esse problema, sem postergar o compromisso legal de proteção das nascentes e zonas de recarga da água”, afirmou. Ainda durante esse assunto, foi relembrado o curso de Elaboração de Projetos de Barragens e Gestão de Recurso Hídricos, realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e Seea, com o apoio do SENAR-ES e outros parceiros, que capacitaram cerca de 400 profissionais para atuar nessa área.

Com um volume de 4.170.000 km³, as águas subterrâneas têm a maior reserva de água doce disponível do planeta, e é o segundo maior bem natural mais importante da humanidade, ficando apenas atrás do petróleo. Gonçalves apresentou dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde revela, que naquela época, 87 milhões de pessoas e 2.917 municípios já faziam uso de água subterrânea no Brasil. 


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