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10/03/2021 às 13h05min - Atualizada em 11/03/2021 às 00h20min

Projeto reúne agricultores, acadêmicos, ONGs e empresas do agrotech para discutir produção sustentável

Iniciativa promove diálogos sobre caminho e soluções para a produção de alimentos em harmonia com o ecossistema

DINO
http://www.projetocomidaboa.com.br

O projeto Comida Boa, apresentado pelo jornalista Zeca Camargo, é uma iniciativa que convida para a conversa sobre o quanto o campo e a cidade se conectam pela produção sustentável de alimentos.
Com a participação de cientistas, agricultores, ONGs e empresários, a websérie com oito episódios disponíveis no YouTube, retrata a cada quinzena, uma grande temática, além da evolução das tecnologias e os caminhos que levam a um futuro cada vez mais sustentável.

Inseridos no contexto de produção de alimentos, os episódios tratam de temáticas como: biodiversidade, água, energia, fome, mudanças climáticas, saúde, solo e transformação social. Os dois primeiros episódios já estão disponíveis e podem ser vistos no canal do YouTube ou no site www.projetocomidaboa.com.br, que também conta com entrevistas com especialistas e conteúdos sobre os temas.

Produzido pela Mamute Filmes, BiofocusHub e com o apoio da Croplife Brasil, o projeto promove um diálogo que valoriza a pluralidade e revela como a tecnologia, a ciência e a informação, podem disseminar a cultura da preservação em todas as áreas.

"Produzir alimentos sem perder o olhar na conservação ambiental, exige o comprometimento de todos nós. À medida que nos aprofundamos no tema, vamos percebendo o quanto a produção sustentável é um trabalho de cooperação entre pesquisadores, agricultores, comunidade local, ONGs, governo e empresas. É dentro dessa perspectiva que nasceu a concepção do projeto, revelar desafios, iniciativas e tecnologias que viabilizam essa integração de todos os atores sociais para a produção de alimentos em harmonia com o meio ambiente", ressalta Adriana Brondani uma das idealizadoras do projeto.

Desafios e soluções

Dados do Ministério da Agricultura indicam que o Brasil possui cerca de 140 milhões de hectares de áreas degradadas, ou seja, terras abandonadas, mal utilizadas ou em processo de erosão. Para se ter ideia do que isso significa, atualmente, as lavouras brasileiras ocupam pouco menos de 64 milhões de hectares. Em resumo, ainda há muito espaço para ocupar sem ter que derrubar uma única árvore.

Além disso, de acordo com a FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, entre 20% e 40% de todos os alimentos produzidos no mundo se perdem por causa de ataques de pragas, enquanto a fome afeta 690 milhões de pessoas, quase 9% da população mundial.

E o desafio se apresenta: como aumentar a produção de alimentos para atender uma população em constante crescimento sem expandir a área cultivada na mesma proporção? Estimativas apontam que em 30 anos a população global deve chegar a 10 bilhões de habitantes.

A adoção de tecnologia no campo tem sido um dos principais caminhos encontrados pela cadeia produtiva para atender às necessidades de consumo da população mundial de forma sustentável e produtiva. Da inteligência artificial à blockchain, rastreabilidade e biotecnologia, a inovação é uma aliada valiosa para gerar este equilíbrio.

Com o conhecimento adquirido, a agricultura moderna se desenvolve integrada à natureza, fazendo todo o esforço para usar menos recursos naturais e preservar o meio ambiente. Além de grandes empresas, diversas AgTechs, startups focadas no Agro, atuam no desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias que auxiliam na implementação de sistemas colocando a sustentabilidade no DNA da agricultura.

A produção agrícola sustentável incorpora as técnicas de preservação desde o preparo do solo até o plantio de árvores intercaladas com as lavouras, criando corredores de florestas. No modelo agrícola sustentável, a integração lavoura pecuária e floresta é muito comum e valorizada.

"Práticas de conservação do solo, aliadas às cultivares melhoradas, sistemas integrados de produção e ferramentas digitais de gerenciamento das propriedades serão essenciais para que se atinja a intensificação sustentável, levando ao aumento da produção sem aumento expressivo na área cultivada", explica Henrique Debiase, doutor em manejo do solo e pesquisador da Embrapa Soja.



Website: http://www.projetocomidaboa.com.br

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