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22/02/2021 às 09h52min - Atualizada em 22/02/2021 às 10h20min

Impactos no setor de moda íntima durante a pandemia

Mercado de moda íntima sofre impactos durante a pandemia refletindo em e-commerces e lojas físicas que apresentaram substanciais mudanças em suas rotinas e em seus lucros

DINO
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Segundo o Sebrae, o mercado de moda movimenta em torno de 30 bilhões de reais por ano em todo o mundo. Especificamente o mercado de moda íntima de acordo com dados do IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), movimenta cerca de 3,6 bilhões de reais anualmente. No entanto, algumas alterações foram sentidas em 2020 com a expansão dos casos de COVID-19, resultando em demissões em massa e até mesmo em muitas indústrias e lojas físicas fechando, como o IBGE constatou em sua pesquisa o fechamento de mais de 716.000 empresas desde o início da pandemia. Em contrapartida, quem possuía autoridade no mercado on-line com boas estratégias de marketing conseguiu se destacar e até mesmo aumentar suas vendas em relação ao semestre passado como, por exemplo, a empresa americana Amazon, pertencente ao empresário Jeff Bezos, que ganhou as manchetes com o percentual alto de clientes entrando em sua loja virtual e gastando cerca US$ 11 mil por segundo em abril. Assim como a loja virtual Click Sophia que demonstrou um crescimento expressivo durante a pandemia e vem se destacando. 

Mundo Digital no mercado de moda íntima

As empresas, lojas e indústrias que não eram familiarizadas com o mercado tecnológico se viram obrigadas a direcionar cada vez mais suas estratégias para o mundo digital. Afinal, as pessoas nunca estiveram tão on-line quanto durante a pandemia, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o aumento de usuários na internet foi entre 40% e 50%. Por isso, muitas lojas físicas de moda íntima implementaram lojas virtuais, assim como enriqueceram seu conteúdo nas redes sociais e até mesmo quem não possuía cadastro no vasto mundo das mídias sociais começou a se familiarizar e a obter resultados muitas vezes superiores aos alcançados sem o uso da internet e suas tecnologias.

Outra implementação do mundo tecnológico que reflete no setor de moda íntima foi o aumento do uso de serviços bancários, que ficou evidenciado por uma pesquisa realizada pela FIS, em conjunto com o Ipsos, que mostrou que 50% dos entrevistados fez uso do banco digital ou de aplicativos para realizar transações que normalmente seriam realizadas em uma agência física. Segundo alguns órgãos de pesquisas, o aumento do uso de aplicativos para realizar transações bancárias representou 130%. Aplicativos como Caixa Tem, Auxílio Emergencial e Dados do Bem são exemplos de tecnologias criadas para a pandemia. 

Dificuldades nas compras de matéria-prima

Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi constatado que o setor vestuário de moda íntima foi o mais atingido pela falta de matéria-prima. Esta consulta foi realizada com 1855 pessoas e também revelou que 82% das indústrias entrevistadas sentiram uma alta nos preços.

A falta de matéria-prima gera impactos no estoque que, se estiver muito defasado, implica na experiência vivida pelo cliente com o site em caso de lojas virtuais e até mesmo físicas. Afinal, é desapontador para o cliente criar uma expectativa sobre determinada peça e receber a notícia de que ela não está disponível, ou entrar em uma loja de lingerie e encontrar poucos modelos disponíveis para compra.

Segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 82% das indústrias relataram aumento nos preços, o que pode acarretar nas vendas. Isso porque o preço precisa ser repassado para que o dono da empresa não sofra prejuízos, gerando uma reação em cadeia que pode trazer grandes danos ao negócio.

Tendências em 2021 para a moda íntima

O mercado de moda íntima para os e-commerces no último semestre de 2020 revelou uma crescente, onde cerca de 7,3 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez na internet. Por isso, é fundamental analisar o mercado para seguir e principalmente se adaptar a algumas tendências em 2021 para a moda íntima. Seguem algumas dessas tendências:

  • Consumidor Exigente

Os consumidores têm se tornado cada vez mais exigentes com o que consomem e adquirem, seja devido ao conteúdo disponibilizado pela marca nas redes sociais, a qualidade das lingeries, o atendimento e muitas outras variáveis. Por isso, é necessário implementar um controle de qualidade na empresa para se certificar que as peças serão entregues aos clientes com um padrão de qualidade excelente, impactando no feedback que eles trarão à empresa. Este ponto é de suma importância, já que um comentário negativo nas redes sociais pode gerar uma grande perda de até mesmo futuros clientes, da mesma forma ao contrário, um comentário positivo pode fazer a empresa ganhar cada vez mais clientes. Esta mesma definição se aplica ao atendimento, que deve ser padronizado e com grande eficácia, para que os clientes não fiquem irritados com uma possível demora ou até mesmo desistam de comprar na loja por falta de informação. A Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios realizou uma entrevista que revelou que 61% dos consumidores afirmaram que ser bem atendido é mais importante do que a qualidade dos produtos e até mesmo o valor.

  • Experiência do cliente

Como já foi falado no tópico acima, os consumidores estão cada vez mais exigentes. Por isso, se preocupar com a experiência do cliente é de suma importância para trazer sucesso e autoridade à marca de moda íntima. Este fato é comprovado por uma pesquisa realizada pelo instituto IEMI sobre o "Comportamento de Compra das Consumidoras de Moda íntima Feminina", que revelou que o mais atraente para as consumidoras brasileiras é o bom atendimento, assim como a variedade dos produtos. Segundo esta mesma pesquisa, 42% das consumidoras vão às compras pelo bom atendimento e pela variedade. 

  • Aumento de compras pela internet

Para quem está inserido no mercado de lingerie, se ater ao aumento de compras pela internet e se adequar a este novo mercado é fundamental. Segundo uma pesquisa on-line realizada com mais de 1,7 mil entrevistados pela NZN Intelligence, 71%, dos entrevistados afirmaram que pretendem aumentar o volume de compras on-line.



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