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07/01/2021 às 12h29min - Atualizada em 07/01/2021 às 13h20min

Transição de carreira para programação: profissionais que passaram por esse processo compartilham suas experiências

Pessoas que passaram pela temida transição de carreira revelam como foi migrar para a área de programação e explicam mais da sua jornada

DINO
http://betrybe.com

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial em 2018 apontou que até 2022 poderão ser criadas 133 milhões de funções no mercado de trabalho. Em contrapartida, 75 milhões de posições deixarão de existir. Essa previsão se deve a um fator central: a inovação tecnológica, que traz a automatização de muitos serviços.

Somado a isso, o descontentamento com a carreira atual leva diversas pessoas a se questionar sobre suas escolhas profissionais. Para entender melhor sobre o assunto, autor Fredy Machado fez um levantamento com o objetivo de embasar seu livro "É possível: Se reinventar e integrar a vida pessoal e profissional". Os resultados do questionário disponível no aplicativo Survey Monkey revelaram que em 21 estados do Brasil, 64% das pessoas profissionais estão infelizes no trabalho que exercem.

A falta de motivação no trabalho e as novas oportunidades no mercado levam a pessoa profissional a buscar novos rumos para a carreira. Segundo pesquisa realizada em 2020 pela RE Trabalho, 53% das pessoas entrevistadas querem mudar de carreira nos próximos doze meses.

Maximiliano Andriani trabalha como analista de experiência do usuário na Becomex Consulting. Ele foi um dos profissionais que decidiu mudar a área de atuação e seguir uma carreira distinta daquela que antes parecia a ideal. "Minha formação era em design gráfico. Atuei dois anos na área, até o momento em que decidi virar a chave e ir para a área de programação", revela Andriani.

No entanto, essa mudança não aconteceu de forma repentina e foi resultado de planejamento e estudo. "Levou dois meses. Fiz um planejamento e tentei aproveitar o que eu aprendi na faculdade de design. Fiz uma matriz das minhas habilidades e comparei com os requisitos das vagas ofertadas. Comecei a comprar livros e estudar, mas levaram cinco anos para que eu conseguisse me tornar especialista em usabilidade", conta Max.

A faixa salarial da área de design foi o que fez com que Max se sentisse desmotivado e optasse pela mudança de carreira. "Eu gosto de design, mas quando comecei a procurar emprego na área a faixa salarial me chamou atenção", afirma. Segundo o Guia de Salários e Profissões da Catho, uma pessoa designer gráfica ganha em média R$ 1.778, enquanto uma pessoa programadora pode ganhar cerca de R$ 2.461. Esses valores podem sofrer variações de acordo com o estado em que a pessoa profissional atua, bem como seu nível de capacitação, cargo e linguagens conhecidas, no caso da área de programação .

Para Henrique Rocha, engenheiro de desenvolvimento e Tech Lead da empresa Pris, a transição de carreira levou ainda mais tempo. "No meu caso levou uns dois anos, porque tive que seguir a demanda da empresa. Enquanto isso, estudei muito e fiz vários cursos. Após um ano eu me senti pronto para atuar em desenvolvimento e a empresa precisava dessa mão de obra. Esse foi o momento que oficializou a mudança".
O Tech Lead da Pris percebeu em seu dia a dia na empresa que queria mudar de área e decidiu focar nessa possibilidade. Antes disso, ele teve pouco contato com programação, mas foi o suficiente para que ele se apaixonasse pela área.

"À medida que eu comecei a pensar em melhorar os nossos processos internos de gestão e desenvolvimento, e ajudar nas dificuldades que tínhamos na hora de entregar o software, eu comecei a estudar. Já havia feito algumas matérias optativas na faculdade, como algoritmo e banco de dados. Chegou um momento em que eu senti que já tinha condição de atuar e, por volta de 2017, comecei essa migração", revela Rocha.

A previsão é de que em 2024 haja um déficit de profissionais na área de tecnologia, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). O estudo indica que, até lá, vão existir 290 mil vagas não preenchidas.

Diante desse cenário, o mercado de TI tende a ser propício para as pessoas profissionais que estão em processo transição de carreira e querem seguir nesse ramo. Contudo, apenas isso não é o suficiente para garantir um emprego na área. "Você deve estudar o tempo todo. A Trybe, por exemplo, capacita todo mundo para isso. Nessa área você consegue buscar bastante conhecimento por conta", indica Rafael Lazzari, líder de Equipe da Becomex Consulting da Trybe.

Saber mais de uma linguagem de programação é algo valorizado no mercado e pode ser o diferencial que permitirá que a pessoa profissional se recoloque no mercado. Um ranking feito pela RedMonk em 2020 coloca JavaScript como a linguagem de programação mais valorizada no mercado de trabalho, seguida de Python e Java.

Por isso, além da dedicação aos estudos, Vitor Augusto, engenheiro de software da Pris, acredita que a curiosidade é uma habilidade essencial para as pessoas que querem se destacar no ramo: "não se ater somente a uma linguagem. Migrar para linguagens diferentes e, caso surja uma nova, ter curiosidade em aprendê-la. Entenda um pouco de tudo e sobre o mercado que você quer atuar!".

Outro fator que favorece a carreira na área de programação é a possibilidade de atuar em diversos segmentos. Quanto à sua transição de carreira e inserção na área de programação, Augusto comenta que "as minhas expectativas foram superadas, porque vi as inúmeras possibilidades que tinha na área".

A amplitude do mercado foi algo que superou as expectativas de Lazzari ao passar a atuar no ramo: "antes de iniciar, eu queria ser um programador sênior e um grande entendedor do assunto. Depois que você entra na área, percebe que pode atuar em vários segmentos. É possível ser programador de front-end, back-end, analista ou, até mesmo, estudar sobre inteligência artificial".

Esses profissionais passaram pela transição de carreira por motivos distintos. No entanto, todos visavam, entre outras coisas, se sentir satisfeitos com a área de atuação escolhida. "Eu tenho mais prazer no trabalho e na execução das atividades. Em paralelo, senti que consigo contribuir para a empresa da forma que eu gostaria", conclui o engenheiro de desenvolvimento da Pris.



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