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17/11/2020 às 14h14min - Atualizada em 19/11/2020 às 00h00min

Revista RI debate Capitalismo Consciente

Movimento ganha força diante das mazelas reveladas pela pandemia que expôs fissuras estruturais

DINO

Em dez anos desde a crise financeira global de 2008, o número de bilionários quase dobrou no mundo. Somente em 2018, a riqueza deles aumentou em US$ 900 bilhões. Ao mesmo tempo, o patrimônio da metade mais pobre da população mundial caiu 11%. Este paradoxo entre a geração de riqueza e o aumento da desigualdade levou a necessidade de repensar o capitalismo, assim como o papel das empresas.

Neste contexto, o movimento do Capitalismo Consciente ganha força diante das mazelas reveladas pela pandemia que expôs fissuras estruturais: crise sanitária, humanitária, social, econômica, ambiental e política. "As empresas têm o papel fundamental de protagonizar a construção dessa nova economia, gerando emprego, renda e, principalmente, impacto social, ambiental e econômico positivo", explica Marcel Fukayama, diretor executivo do Sistema B- Brasil.

A visão disseminada por muitas e muitas décadas era de que a empresa existe somente para seus acionistas. Tal conceito vinha sendo amplamente adotado pelo mercado desde 1970, quando o economista Milton Friedman, escreveu, há exatos 50 anos, artigo no New York Times destacando que "a única responsabilidade social das empresas é aumentar os seus lucros". De lá para cá, a sociedade mudou e os entrevistados pela Revista RI afirmam que garantir a perpetuidade dos negócios e o próprio ganho dos investidores requer que os gestores saiam da miopia do lucro de curto prazo e ampliem seus objetivos, trazendo ganhos não só aos shareholders, mas a todos os stakeholders.

"Falar da maximização do lucro do acionista, em última análise, não está errado, mas o que Friedman não previu - e o que ninguém quis olhar - é esse lado cinza do preto e do branco, ou seja, o "como" eu faço essa maximização do lucro é que tem que ser prioritário. Eu não posso gerar riqueza, felicidade e saúde financeira para os acionistas às custas de sofrimento, sacrifício e tristeza dos demais stakeholders", afirma Hugo Bethlem, presidente do Instituto Capitalismo Consciente Brasil. Ele ressalta que o capitalismo continua sendo a melhor forma de gerar riqueza e inclusão social das pessoas.

O debate sobre a postura das empresas e a importância do Capitalismo Consciente é tema da matéria de capa da Revista RI de novembro que já se encontra disponível no site http://www.revistari.com.br/246.

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