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10/11/2020 às 15h25min - Atualizada em 11/11/2020 às 00h00min

Os alertas da pandemia para a urgência na automação de processos industriais

O isolamento social mostrou o quanto esse processo influencia a vida das pessoas.

DINO

As novas tecnologias estão fazendo um papel essencial no mundo de isolamento e distanciamento social resultante da pandemia, segundo afirma o engenheiro elétrico Francisco Xavier de Barros Filho. “Estamos vivendo uma situação geradora de uma velocidade de desenvolvimento sem precedentes e imprevisível, em que precisamos sentir um certo conforto em um ambiente caótico e ainda lucrar com isso. Neste sentido, a pandemia acelerou o processo de automação de uma forma nunca planejada”.

De acordo com o engenheiro, a digitalização de processos industriais e residenciais influencia diretamente na vida das pessoas, prova disso são as atividades hoje realizadas de casa por um longo tempo, como o trabalho e as aulas. “Partimos para um futuro em que tudo será eventualmente conectado, digitalizado, simulado e otimizado: de carros a cavalos”. 

Para Francisco, o foco das indústrias será em serviços de oferta de valor, análise inteligente e desempenho, ao invés de produtos e qualidade técnica. “A Internet das Coisas (IoT), Dados e Serviços referem-se à chamada Indústria 4.0, que é considerada basicamente a quarta revolução industrial, precedida da tecnologia da Internet, que permitiu a automação dos produtos”. 

Francisco explica que esta revolução já possibilita a um indivíduo programar o despertar e, ao fazer isso, o próprio relógio envia a mensagem para outros aparelhos em casa, dando início a uma cadeia de eventos automatizados e inteligentes. “O termostato vai até 25 graus Celsius porque também é o momento certo para refrescar a casa com uma brisa fresca que pré-mistura o ar interior e permite que o condicionador de ar não seja ligado no final da tarde. A cafeteira começa a funcionar e as luzes da lâmpada de cabeceira desaparecem”. 

Para o profissional, o passo seguinte é pensar o processo de automação em uma escala mais ampla. “Imagine cidades inteligentes autocontroladas, indústrias, usinas de energia, estações de tratamento de efluentes, tudo conectado e interagindo como um só sistema”. O alerta, segundo o engenheiro, é olhar a automação de outro ângulo. “Objetos cotidianos conectados à internet têm a capacidade de rastrear os hábitos e comportamentos, aprender a rotina diária de cada pessoa e se comunicar uns com os outros. Se algo der errado é difícil dizer qual pedaço da cadeia falha e quais consequências adicionais ela pode trazer”.

As micro, pequenas e médias empresas também têm se beneficiado com a automação industrial, como apontam dados de uma pesquisa-piloto, realizada pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) em dezembro de 2019 e divulgada pela Agência de Notícias da CNI (Confederação Nacional da Indústria), onde a tecnologia da Indústria 4.0 foi responsável pelo aumento de 22%, em média, da produtividade destas organizações. “A Internet das Coisas está transformando indústrias, mudando o epicentro dos negócios e como interagimos com outras coisas que existem ao nosso redor. Na medicina, cirurgias remotas, na indústria e no lar, manutenção preditiva e baseada nas condições de uso”.

O engenheiro não tem nenhuma dúvida de que a tecnologia, digitalização e automação dos processos já fazem parte da vida de todas as pessoas, não sendo um luxo, mas sim uma consequência e necessidade, tampouco passageira, tendo chegado para ficar e fazer das vidas e processos mais autônomos. “O mundo gira cada vez mais rápido e, sem a digitalização e automação, não conseguimos acompanhar. Portanto, sejam bem-vindas Indústria 4.0 e Internet das Coisas (IoT), afinal, como já disse, de carro a cavalos, todos estaremos conectados”, finaliza.

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