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19/03/2018 às 13h51min - Atualizada em 19/03/2018 às 13h51min

Bispo e padres são presos em operação contra desvios de recursos na Igreja Católica em três cidades de Goiás

Prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões, de acordo com o MP. Foram cumpridos nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina.

G1

 

O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres, um vigário-geral, um monsenhor e dois funcionários administrativos foram presos na manhã desta segunda-feira (19) durante operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra desvios de recursos na Igreja Católica em Posse e em duas cidades do Entorno do Distrito Federal – Formosa e Planaltina. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões.

Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.

A reportagem tentou contato por telefone e mensagem com a Diocese de Formosa, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontam que o grupo comprou uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com dinheiro desviado de dízimos e doações. Em decisão, juiz disse haver indícios de que o dinheiro era usado para despesas pessoais e que carros da Diocese de Formosa eram usados com fins particulares.

As investigações começaram após denúncias de fiéis que relataram desvios iniciados em 2015. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.

Operação Caifás

A ação, batizada de "Caifás", tem ao todo nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina. Além de residências e igrejas, um mosteiro também é alvo da investigação.

Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, um dos responsáveis pela operação, foram apreendidas caminhonetes da cúria em nomes de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, com valor ainda não foi divulgado.

De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e em outras paróquias relacionadas a ela nas outras cidades. Participaram da ação cerca de dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar.


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